O cenário preocupa pelo fato de as autoridades ainda não terem um estudo preliminar sobre o que pode ocorrer entre março e meados de maio, período em que se inicia o verão amazônico. Até lá, as chuvas cairão constantemente.

Nesta quinta-feira (13), a marca de 14,36 metros apresentada pelo rio Acre colocou, mais uma vez, as instituições e autoridades em alerta. Por lá, a oscilação do nível do rio tem provocado um efeito bem diferente do que normalmente foi registrado em anos anteriores, com a cheia (ou enchente) acontecendo a partir de chuvaradas em fevereiro.

O cenário atual preocupa pelo fato de as autoridades ainda não terem um estudo preliminar sobre o que pode ocorrer entre março e meados de maio, período em que se inicia o verão amazônico. A dúvida sobre isso recai nos efeitos advindos das mudanças climáticas, algo que nem mesmo os especialistas conseguem precisar. A Terra, em virtude dos diversos crimes ambientais desde a década de 1960, quando os governos mundiais foram alertados sobre os prejuízos futuros caso não reduzissem os efeitos da poluição industrial, vem passando por constantes mudanças.

Diante desse cenário, é arriscado apontar um diagnóstico para o rio Acre, tendo em vista que ele acumula águas das chuvas que caem na Bolívia e que, nos últimos meses, também vem sofrendo com as constantes torrentes andinas. Hoje, por volta das 10 horas, o nível do rio Acre, em Rio Branco, oscilava em 14,36 metros, de acordo com o Sistema de Monitoramento e Alerta Hidrometeorológico (SipamHidro). Essa subida implicou em um aumento de 12 centímetros em comparação com o resultado anterior. Por conta desse cenário, o governo acreano decretou, na última segunda-feira (10), situação de emergência. O documento se refere diretamente à subida dos rios Acre, Juruá, Purus e Envira, que já apresentam níveis de transbordamento.
Em Rondônia, a preocupação atual é com o rio Madeira, que vem apresentando os mesmos padrões de cheia que seu vizinho. Só que, por aqui, o nível das águas está em 15,73 metros em Porto Velho, o que coloca alguns distritos do Baixo Madeira já em situação de alerta.
A Defesa Civil Municipal anunciou que vem trabalhando para minimizar a situação das comunidades, principalmente entregando água potável, já que, neste momento, os igarapés são invadidos pela água do rio principal. Estatisticamente, a informação do SipamHidro descreve o rio Madeira em um cenário de subida.