No roteiro desta que promete ser mais uma obra arrebatadora, estão o grande líder dos Paiter Suruí, o indígena Almir Suruí, e a ativista Txai Suruí. Segundo Neide Cardozo, a “Neidinha Suruí”, o filme Minha Terra Estrangeira, do diretor João Moreira Salles, retrata o expoente de uma missão na vida de duas gerações: uma que viu de perto o sofrimento trazido pelo colonialismo e outra que, atualmente, necessita lutar para continuar defendendo os direitos do seu povo na Amazônia rondoniense.

Após a exibição do documentário O Território, do diretor Alex Pritz, que também trouxe o contexto indígena em Rondônia pelo ponto de vista dos desafios ambientais impostos na época pelo governo quase ditatorial do ex-presidente Jair Bolsonaro, Minha Terra Estrangeira tem o desafio de ser mais um documentário rondoniense de impacto, por seu desafiador contexto.

No pré-lançamento, que aconteceu na terça-feira (28), no Cine Araújo, em Porto Velho (RO), a perspectiva dos que assistiram à obra expõe um longa-metragem que aborda as eleições e a luta pelo equilíbrio climático.
“Só digo que é mais um robusto documentário que me fez reviver — e fará quem o assistir — os impactos da política antiambiental e anti-indígena do governo Bolsonaro, e o suspiro de esperança com a sua derrota”, pontua a jornalista e ativista Luciana Oliveira.
Além de João Moreira Salles, que é irmão do cineasta e diretor do filme Ainda Estou Aqui, finalista ao Oscar deste ano, Minha Terra Estrangeira também conta com a presença da diretora de fotografia Louise Botkay. A obra ainda leva a assinatura da Vídeo Filmes Produtora e Lakapoy Filmes.