Dados da Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma), apontam que cerca de 20 mil pessoas morrem anualmente no país por conta da automedicação. A situação ficou ainda mais complicada na perspectiva da realidade vivida na pandemia do Coronavírus, quando a busca desenfreada por tratamentos levou ao uso indiscriminado de medicamentos, muitas vezes sem orientação médica.
A farmacêutica e professora do curso de Farmácia da UNINASSAU Cacoal, Ângela Márcia Selhorst, enfatiza a importância da orientação profissional no consumo de remédios. “É essencial que as pessoas tirem suas dúvidas com profissionais de saúde, como farmacêuticos e médicos, sobre a eficácia e segurança dos medicamentos. O uso sem a devida orientação é extremamente perigoso e pode trazer sérios riscos à saúde”, alerta.
Além de utilizar os medicamentos de forma adequada, outro ponto crucial é o armazenamento correto. Segundo Ângela, é fundamental manter os remédios em locais frescos e sem umidade. “O ideal é armazená-los em um ambiente longe de fontes de calor, como fogão, micro-ondas ou geladeira. Isso ajuda a preservar suas propriedades e eficácia durante o período de tratamento”, pontua.
Manter os medicamentos fora do alcance de crianças e animais é igualmente importante. Remédios estão entre os maiores causadores de intoxicações infantis, devido à aparência atrativa de algumas apresentações e ao fácil acesso nas residências.
A professora também destaca a relevância do descarte correto dos medicamentos vencidos ou não utilizados. “Nenhum remédio deve ser descartado em vasos sanitários, para evitar impactos ambientais, ou no lixo comum, onde outras pessoas podem ter acesso a eles”, orienta. Desde 2009, a Anvisa autoriza farmácias e drogarias a participarem de programas voluntários de descarte seguro de medicamentos e materiais como seringas. Em Cacoal, algumas farmácias de manipulação já recebem esses itens para descarte adequado.