Um importante dirigente do Incra em Rondônia pode ser afastado de suas funções nos próximos dias. Fontes revelaram que ele está sob investigação, respondendo a pelo menos três Processos Administrativos Disciplinares (PADs), além de outras medidas que colocam em xeque sua permanência no cargo.
Segundo informações obtidas, o dirigente detém significativo poder na autarquia, centralizando decisões estratégicas. A execução dessas ações, muitas vezes, ocorre por meio de um preposto indicado por ele e que atua no interior do estado. Essa concentração de decisões fora da sede do Incra tem gerado atrasos nos processos e reclamações por parte dos usuários.
Burocracia Excessiva e Denúncias de Corrupção
A lentidão nos trâmites, como a assinatura digital de documentos cotidianos, é motivo de queixas frequentes. A demora pode se estender por meses, gerando insatisfação e, em alguns casos, suspeitas de irregularidades. De acordo com o informante, essa morosidade parece intencional, criando dificuldades que levariam à oferta de propina para agilizar os processos.
Há também acusações de que a solução de problemas cotidianos estaria vinculada à contratação de escritório de advogados ligados à família do dirigente, mascarando o pagamento de vantagens indevidas. Essas práticas teriam levado usuários e servidores a formalizarem denúncias à Polícia Federal (PF/RO) e ao Ministério Público Federal (MPF), indicando possíveis desdobramentos nos próximos dias.
Indicações Políticas e Questionamentos
A atual gestão do Incra em Rondônia é fruto de indicação política do MDB, o que intensifica o interesse público e institucional nas investigações. A concentração de poder e as denúncias colocam em pauta a necessidade de maior transparência e eficiência na administração pública.
Se confirmadas as irregularidades, as investigações poderão desencadear uma reformulação nos processos internos e na gestão do órgão, visando à recuperação da confiança dos usuários e à melhoria dos serviços prestados.