Foi confirmada oficialmente na quinta-feira (09) a presença do fenômeno La Niña. A informação já havia sido anunciada no final de dezembro, aqui mesmo pelo jornalismo do News Rondônia, mas ainda precisava de uma confirmação que chegou por meio da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), dos Estados Unidos (EUA). O comunicado deixa evidente a presença desse fenômeno que tem a capacidade de alterar o clima, causando mais ou menos chuvas nas regiões do Brasil.
Na Região Norte, o evento funciona trazendo muita chuva nesta época. Essas mesmas chuvas que já vêm caindo estão diretamente relacionadas à influência do La Niña. São chuvas intensas e volumosas, quase sempre acompanhadas de raios e trovões.
Uma das meteorologistas mais atuantes e respeitadas do Brasil, Estael Sias, do MetSul Meteorologia, explica que o fenômeno é caracterizado pelo “resfriamento das águas do Oceano Pacífico.” Ainda segundo a meteorologista, o La Niña, especialmente este ano, é classificado como de fraca intensidade. “Próximo à costa da América do Sul, as águas não estão tão frias, mantendo-se dentro de uma neutralidade. A média das últimas semanas registrou (-0,8), o que significa que a temperatura do Oceano Pacífico Equatorial está 0,8 décimos mais fria que o normal.”
Por se tratar de um acontecimento de curta duração, Sias não descarta que o clima volte à neutralidade a partir do outono. “Tende a ser uma La Niña de fraca intensidade, de curta duração e também um dos mais tardios, considerando que geralmente junho e setembro são os meses em que os fenômenos (El Niño e La Niña) costumam começar”, informa.
Diferente do Sul do Brasil, onde as chuvas reduzem drasticamente, o La Niña traz excesso delas para as regiões Norte e Nordeste. Em Rondônia, as chuvas serão abundantes, o que poderá ocasionar alagamentos em ruas e bairros. Para Porto Velho, segue um alerta aos moradores: evitem se expor no período de temporais, pois o excesso de água poderá encher rapidamente as tubulações e galerias, resultando no alagamento das ruas. Além disso, existe o perigo de pessoas serem arrastadas para dentro de galerias e valas a céu aberto.
Confira o que diz a meteorologista no vídeo.