Do cenário de seca extrema para uma enchente: autoridades ligadas à Prefeitura de Rio Branco já trabalham com essa possibilidade. Tudo em virtude do aumento do nível das águas do Rio Acre nos últimos dias. O rio tem subido constantemente e já começa a se aproximar de residências.
Neste sábado (28), a Defesa Civil informou que, pela manhã, o nível do rio era de 11,15 metros. Porém, à noite, o Sistema Integrado de Monitoramento e Alerta Hidrometeorológico, setor vinculado ao Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), registrou 11,47 metros na capital.
A subida do nível do Rio Acre é explicada pelas constantes chuvas na Bolívia e na Amazônia peruana. Esse aumento repentino já colocou as autoridades do estado vizinho em alerta, uma vez que uma possível enchente poderá antecipar tragédias e reacender promessas de solucionar os problemas enfrentados pelos atingidos.
Com essa velocidade de elevação, a Defesa Civil Municipal acredita que o Rio Acre pode atingir os 12 metros já neste domingo (29). O Parque de Exposições, onde ocorre a “Expoacre”, começa a ser preparado para receber as famílias desalojadas.
Normalmente, as enchentes em Rio Branco ocorrem entre os meses de fevereiro e março. Contudo, devido à instabilidade climática, os cientistas e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, atribuem a situação ao agravante do aquecimento global.

Outro fator que pode agravar a situação em 2025, inclusive aumentando os transtornos no Acre e em outros estados da Região Norte, é a possível entrada do fenômeno “La Niña” no Brasil. Por enquanto, de acordo com o MetSul, o fenômeno segue em tendência de neutralidade.

Em março deste ano, Marina Silva, em visita ao Acre, que estava enfrentando inundações, alertou as autoridades para se prepararem, pois o cenário das próximas enchentes poderia ser ainda mais grave. Assim como a seca extrema, as enchentes prometem tornar-se fenômenos cada vez mais recorrentes na vida da população.