A temporada seca na Região Norte trouxe um aumento significativo de incêndios e queimadas, alcançando níveis alarmantes. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o Brasil nunca registrou uma quantidade de queimadas tão alta como em 2024. O preocupante é que, segundo a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, quase 100% desses incêndios tiveram origem humana. Em outras palavras, o fogo que devastou milhões de hectares de biomas e matou milhares de animais foi causado diretamente por ações humanas. A realidade mostra que o brasileiro continua a insistir em destruir seu próprio lar.
Um exemplo claro dessa situação é a capital Manaus, no Amazonas. Nesta segunda-feira, dia 4, a cidade voltou a apresentar uma piora significativa na qualidade do ar. O Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA), monitorado pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), classifica a qualidade do ar em Manaus como “ruim” e “muito ruim”. Esse quadro afeta praticamente todos os bairros da cidade.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Amazonas iniciou o mês de novembro com 115 focos de incêndio. Em outubro, considerado o epicentro da temporada de queimadas, o estado registrou 2.557 focos, reforçando a gravidade da situação.