O Ministério Público de Rondônia (MPRO) realizou nesta sexta-feira (4/10), em Porto Velho, reunião para discutir estratégias de redução da mortalidade materna no estado. Participaram do encontro o Promotor de Justiça Leandro da Costa Gandolfo, a enfermeira obstetra Suzana Ribeiro, representando o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), e a presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de Rondônia, Ida Peréa Monteiro. O foco da discussão foi a capacitação de profissionais da saúde acerca dos “10 passos do cuidado obstétrico para redução da mortalidade materna”, parte de um projeto maior de prevenção à mortalidade de gestantes.
As soluções discutidas envolvem a implementação de cuidados preventivos durante o pré-natal, com foco em garantir que as gestantes façam todos os exames necessários desde o início da gravidez. Além disso, foram destacados os esforços de conscientização das mulheres sobre a importância de procurar atendimento médico assim que descobrem a gravidez, permitindo a personalização do cuidado de acordo com a situação de cada paciente.
Capacitação e parceria
Outro ponto-chave da reunião foi a capacitação contínua dos profissionais de saúde, incluindo médicos, enfermeiros e técnicos. A atualização anual das equipes será mantida para garantir que todos estejam aptos a identificar e tratar rapidamente possíveis complicações. Além disso, o projeto envolve parcerias entre o governo estadual, municipal e organizações como o IFF/Fiocruz.
A expectativa é de que, com essas ações preventivas e uma abordagem mais ampla de cuidados obstétricos, Rondônia possa reduzir pela metade seu índice de mortalidade materna já no próximo ano. Até 2027, espera-se que o estado se aproxime dos padrões internacionais estabelecidos para a América Latina.
O MPRO reforça seu papel de garantir a proteção dos direitos das gestantes, promovendo ações que visam à redução da mortalidade materna e ao acesso a um pré-natal adequado. O órgão atua em parceria com diversas instituições para assegurar que as políticas públicas voltadas à saúde materna sejam cumpridas, contribuindo para a redução das desigualdades no atendimento médico.