Marcos Rocha reiterou que, a Operação começou no Parque Guajará-Mirim, onde estava concentrado o maior foco de calor do estado. Mais de 300 profissionais estão envolvidos no processo de controle das chamas no local. No dia 30 de agosto tinha registro de 464 focos de calor, e no último dado coletado, na manhã desta sexta-feira, são 4 os focos, resultado que comprova a eficiência do trabalho realizado em campo.
Ainda segundo o governador, foram realizadas 952 abordagens em todo o entorno do Parque, que tem mais de 220 mil hectares, o equivalente a duas vezes a cidade do Rio de Janeiro. O trabalho de combate e controle às chamas continua, e segundo o governador haverá desdobramentos. “Estamos trabalhando com afinco para controlar os focos de calor e contribuir com a saúde da população e o meio ambiente”, disse Marcos Rocha.
Durante a coletiva foram apresentadas as imagens de satélite que monitoram o ecossistema, colaborando com o acompanhamento e análise de cenários, bem como com os indicadores de focos de calor que contribuem com as ações em campo. Essas imagens comprovam que os ventos são os principais responsáveis pela fumaça que ainda persiste em Rondônia, as quais são oriundas do entorno do estado, notadamente da Bolívia e estados vizinhos.
“É evidente que a fumaça não vem apenas de Rondônia, mas a localização do estado auxilia na confluência dessa fumaça”, comentou a promotora de Justiça, Flávia Mazini, que também participou da coletiva.
Marcos Rocha destacou que o governo de Rondônia solicitou apoio do governo federal para liberação de aviões a fim de ajudar no controle das chamas. “É preciso que o governo ajude também as autoridades bolivianas e estados vizinhos a controlar o fogo. Só assim teremos redução da poluição do ar que paira em Rondônia”, pontuou.
O Superintendente do Ibama em Rondônia, César Luiz da Silva Guimarães, destacou que os órgãos estaduais são coirmãos do Ibama e reafirmou a importância da força do trabalho coletivo com foco na eficiência e defesa do bem-estar e melhor qualidade de vida da sociedade. “Mesmo nos piores momentos, como agora, em que temos aeroporto fechado, as pessoas com dificuldades para respirar e grandes focos de incêndio no entorno do estado, é possível enxergar uma esperança. A união dos órgãos envolvidos neste trabalho ofereceu à sociedade uma resposta em tempo recorde. Somos coirmãos, estamos sempre trabalhando juntos pelo bem das pessoas e pelo desenvolvimento social. Essa operação mostrou nosso compromisso e engajamento nesta missão”, pontuou.
A Operação Temporã é uma ação conjunta que conta com a participação da Polícia Militar (PM), Corpo de Bombeiros, Polícia Técnico-Científica (Politec), Polícia Civil, Secretaria de Estado Segurança Defesa e Cidadania (Sesdec), Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Departamentos Estaduais de Trânsito (Detran), Polícia Federal (PF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Ministério Público de Rondônia (MP-RO), Exército Brasileiro, Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO), Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO).