Porto Velho, a capital de Rondônia, carrega um título alarmante: a cidade com a pior qualidade do ar do Brasil. Este fato, amplamente debatido nos meios de comunicação, tem uma causa principal que ainda não recebeu a devida atenção nas discussões: as queimadas. Ano após ano, o céu da cidade fica encoberto pela fumaça densa, típica dessa época, criando uma atmosfera sufocante e altamente prejudicial à saúde de seus habitantes.
Nesta quinta-feira, dia 15, um dos medidores da qualidade do ar em Porto Velho, localizado na Avenida Calama, marcou um alarmante índice de 575, um valor extremamente alto que reforça a gravidade da situação. Na ilustração abaixo, é possível verificar os pontos de queimadas, que são a principal fonte dessa poluição severa.
Devido à densa fumaça que tomou conta do céu de Porto Velho, os aviões que estavam programados para pousar na capital rondoniense na madrugada desta quinta-feira (15) foram desviados para outros destinos.
As aeronaves foram redirecionadas para as cidades de Cuiabá e Manaus, em uma medida de segurança. Um dos passageiros, que foi levado a Manaus, relatou que tinha compromissos importantes pela manhã em Porto Velho, mas a companhia aérea informou que o pouso era inviável devido às condições adversas. A empresa garantiu que ele será reacomodado em um voo no dia seguinte.
No entanto, a inércia das autoridades diante desse cenário é preocupante. Até quando o poder público continuará se omitindo diante de um problema que afeta diretamente a qualidade de vida da população? Enquanto não houver ações concretas, a população de Porto Velho continuará a sofrer as consequências dessa negligência.
Os atletas, especialmente os corredores de rua, são um grupo que sente diretamente os impactos dessa poluição. A baixa umidade do ar, combinada com a fumaça das queimadas, torna a prática de exercícios ao ar livre um desafio perigoso. A situação, que deveria servir de alerta para as autoridades, segue sem solução, deixando a população à mercê das condições climáticas e da poluição descontrolada.
Diante desse cenário crítico, é essencial que a população tome medidas para se proteger dos efeitos do ar seco e poluído:
- Hidrate-se adequadamente: Consuma cerca de dois litros de água por dia, o que equivale a aproximadamente 10 copos de 200 ml. Manter-se bem hidratado é crucial para garantir o bom funcionamento de todos os órgãos, incluindo a pele e as mucosas, que sofrem com a baixa umidade e a poluição.
- Umidifique o ambiente: Para combater o ar seco em casa, você pode utilizar uma bacia com água ou colocar uma toalha úmida no ambiente. Isso ajuda a manter o ar mais úmido, reduzindo os efeitos nocivos da poluição no sistema respiratório.
- Cuide dos olhos: Se você sentir irritação ocular devido à poluição, lave os olhos com soro fisiológico ou use colírio de lágrima artificial. Esses produtos ajudam a limpar e hidratar os olhos, aliviando os sintomas de desconforto.
- Mantenha a limpeza da casa: É importante reduzir o acúmulo de poeira em casa, pois isso pode agravar problemas respiratórios, especialmente em ambientes já afetados pela poluição.
- Evite atividades físicas em horários críticos: Procure não realizar exercícios ao ar livre entre 11h e 17h, pois é nesse período que a qualidade do ar tende a ser pior. Se possível, prefira horários mais cedo ou no final do dia.
- Proteja-se do sol e do ar seco: Tome medidas para evitar o ressecamento da pele e das mucosas, como o uso de protetor solar e hidratantes. Evite a exposição prolongada ao sol, especialmente em dias com baixa umidade e alta poluição.
Essas ações, embora simples, podem ajudar a minimizar os impactos negativos dessa situação enquanto a solução definitiva não chega. Entretanto, é imperativo que as autoridades tomem medidas concretas para enfrentar esse problema de maneira eficaz e definitiva.