Nesta quinta-feira, 8, a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO) realizou um importante encontro entre a diretora socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tereza Campello, e os empresários locais. A reunião, que contou com a presença dos técnicos do banco, teve como objetivo apresentar as novas iniciativas do BNDES voltadas para o norte do Brasil e dialogar sobre oportunidades de financiamento sustentável.
“A atividade de hoje foi fundamental para mostrar o que o BNDES tem a oferecer e ouvir dos empresários quais melhorias são necessárias. Conversamos sobre como avançar e quais novas soluções financeiras podem ser desenvolvidos para atender melhor a região”, afirmou Campello.
O foco do encontro foi o Fundo Clima, uma nova ferramenta criada pelo Ministério da Fazenda que dispõe de mais de 2 bilhões de dólares em títulos soberanos para financiar projetos verdes. As taxas de financiamento do Fundo Clima variam de 1% ao ano para iniciativas voltadas a florestas nativas e recursos hídricos, chegando no máximo a 8% em outros casos, com muitas taxas situadas em torno de 6,15%. “O Fundo oferece taxas e prazos diferenciados e está direcionado para a descarbonização da indústria, promovendo o uso mais eficiente dos recursos naturais e a redução das emissões de carbono”, destacou Campello.
Marcelo Thomé, presidente da FIERO, ressaltou a importância do diálogo para a economia local. “A FIERO atua como uma ponte entre o BNDES e os empresários de Rondônia. Hoje, tivemos a oportunidade de conversar sobre como o banco pode apoiar o crescimento sustentável na região. O Fundo Clima, com suas taxas de juros competitivas e seu foco em projetos verdes, representa uma grande oportunidade para o desenvolvimento de negócios sustentáveis e inovadores”.
Campello também abordou sobre a evolução da atuação do BNDES, que historicamente focava em grandes indústrias no centro do Brasil, mas agora está expandindo seu alcance para o norte e nordeste. “Estamos fazendo um esforço para retomar nosso papel de fomento ao desenvolvimento, com uma ênfase em sustentabilidade e na redução das desigualdades regionais. O mercado está cada vez mais exigente em relação à sustentabilidade, e aqueles que não se adaptarem podem perder espaço”, alertou a diretora.
Para Vagner Torrente, empresário da White Solder, o encontro trouxe uma nova perspectiva sobre o BNDES. “Sempre pensei que o BNDES atendia apenas grandes empresas e pequenas empresas, e que era muito difícil para empresas de médio porte acessá-lo. No entanto, a reunião mostrou que o banco está mais acessível e menos burocrático. Acredito que, se colocarmos em prática o que discutimos, teremos grandes oportunidades”, afirmou.
O diálogo entre o BNDES e os empresários de Rondônia marca um avanço importante para destravar essa agenda de financiamentos de projetos na região. A apresentação do Fundo Clima e a abertura para novos empreendimentos sustentáveis são indicativos claros de um novo direcionamento estratégico do BNDES, que busca promover o crescimento econômico, assegurar a sustentabilidade e a inovação em todas as regiões do país.