O que é solstício?
A origem do nome solstício ajuda a explicar o funcionamento do fenômeno. O termo, que em latim significa “sol parado”, foi escolhido após astrônomos observarem que o sol “parava” quando atingia um ponto máximo duas vezes por ano, em junho e dezembro.
“As estações do ano acontecem devido à inclinação do eixo da Terra em relação ao seu plano de órbita e também à sua translação em torno do sol. O início delas está associado aos solstícios (inverno e verão) e aos equinócios (outono e primavera)”, explica a astrônoma Josina Nascimento.
Por que hoje é o dia mais curto do ano?
No solstício de inverno, o sol atinge a maior distância angular em relação ao plano que passa pela Linha do Equador. Quando a terra atinge este ponto em junho, a radiação solar é menor no Hemisfério Sul, conforme esclarece Patrícia Cassoli, meteorologista da Climatempo. Com menos horas de sol, o dia fica mais curto e a noite mais longa.
Enquanto isso, o oposto acontece no Hemisfério Norte. Nesta quinta, o sol atinge o ponto mais alto no céu e a distância máxima em relação aos pontos cardeais leste e oeste, alongando o dia e encurtando a noite.
De acordo com a Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (ON/MCTI), durante os equinócios a duração do dia e da noite é praticamente a mesma. No entanto, após a passagem do fenômeno no outono, os dias vão se tornando progressivamente mais curtos até o solstício de inverno.
Isso quer dizer que, a partir desta sexta-feira (21/6), com o fim da estação, os dias começam a se alongar até encontrar um equilíbrio no equinócio da primavera, em 22 de setembro. Na sequência, a caminhada se volta para o solstício de verão, em 21 de dezembro, quando o Brasil viverá o dia mais longo do ano.