Os estudantes da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) decidiram, nesta terça-feira (16), com comunicado oficial publicado nesta quarta-feira (17) que vão apoiar o movimento de greve deflagrada no país por docentes e técnicos-administrativos. No campo local, o apoio é contra a precarização da educação ofertada no campus Porto Velho.
Em nota divulgada nas redes sociais, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) justificou que “O governo Lula, entre 2023 e 2024 já efetuou cortes de verbas na educação, ciência e tecnologia, que ultrapassam os R$ 600 milhões de reais, dando continuidade à política de sucateamento e privatização do ensino público dos governos anteriores. Além disso, segue impondo a criminosa reforma do “novo” ensino médio, medida a qual ataca diretamente o direito dos jovens brasileiros de estudar e aprender”.
Os estudantes disseram que a pauta da recomposição salarial dos servidores e professores, reestruturação de suas carreiras e melhores condições de trabalho é justa e que farão neste período de greve várias agendas dentro do campus como debates, rodas de conversas, manifestações, saraus culturais e apresentação de trabalhos científicos.
O DCE mencionou na nota que vai agir da mesma forma como ocorreu para a implantação do Restaurante Universitário (RU) em 2023 que garantiu a abertura aos estudantes. “Os estudantes decidem, uma vez mais, tomar a universidade em suas mãos”, diz trecho.
Sobre as agendas, o DCE informou que haverá ainda “discussões acerca da democracia e autonomia universitárias; “novo” ensino médio; orçamento das universidades; políticas de formação de professores; assédio; permanência estudantil; os 60 anos do golpe militar, dentre outros temas do cenário político nacional e internacional, serão realizadas como parte do calendário de atividades desenvolvidas pelos estudantes juntos aos professores e técnicos-administrativos”.