O rio Acre mostrou nesta terça,05/03 que ainda tem folego para somar na catástrofe que assola o estado. O nível atual, segundo dados da Defesa Civil é de 17,84cm, foram três centímetros nas últimas 12 horas.
Mas a tendência é de esvaziamento. O coordenador da Defesa Civil, Cláudio Falcão, explicou que “a expectativa a partir de agora é pela estabilização. A partir de quarta, o rio Acre deve entrar no processo de vazante”.
A enchente de 2024 coloca a capital Rio Branco no top-2 das catástrofes históricas. Apesar do cenário de calamidade, o recorde permanece com a de 2015 quando o rio chegou a marcar 18,40cm. Na segunda, o estado recebeu a visita dos ministros do governo Lula, Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima e Waldez Góes, do Desenvolvimento Regional.

Na ocasião, eles percorreram os municípios atingidos, além da capital, Brasiléia e Epitaciolândia, na fronteira com a Bolívia. Diante do governador, Gladson Cameli (PP), os ministros pontuaram o que talvez seja óbvio. O governo acreano precisa planejar a retirada das famílias dos locais de risco, tendo em vista que as enchentes se tornarão frequentes e devastadoras.

Em 2023, a fala da ministra Marina Silva para o Acre já dava o tom da urgência nas medidas. Na sua página oficial do Instagram, Silva escreveu. “Temos presenciado cada vez mais os efeitos de eventos climáticos extremos em nosso país. Hoje (4) estivemos no Acre para prestar solidariedade e reforçar a assistência federal à população atingida por uma grande cheia. Amanhã (5) estaremos com representantes de Roraima para tratar do apoio à população impactada por uma grande seca.
A ordem do presidente Lula é agir rapidamente, garantido as medidas necessárias para mitigar o impacto na vida das pessoas”, disse.
Só resta saber se o chefe do Executivo acreano, atolado em escândalos de corrupção irá mesmo levar o compromisso a sério e/ou se no ano que vem, nesta mesma data todas as falas e presenças se repetirão diante da mesma cena.