No boletim divulgado na manhã desta terça, 27/02, a Prefeitura de Rio Branco, por meio da Defesa Civil, projetava para mil os desabrigados. Na capital, o número deles, assim como as águas do Rio Acre, não para de aumentar. Sem ter para onde ir, o Parque de Exposições, onde ocorre a tradicional Expoacre, feira agropecuária local, tem recebido as vítimas. A enchente espelha a falta de políticas públicas.

São 600 desabrigados, totalizando 196 famílias. Na capital, as águas atingem 40 bairros. Entre os mais prejudicados, o bairro 6 de Agosto é o retrato da falta de políticas públicas. Neste local, o repórter-cinematográfico Sergio Vale, do site AC-24 Horas, flagrou o retrato da desolação humana por quem é esquecido pelos políticos. São casas e ruas completamente submersas. Correr contra o tempo vem sendo a saída para quem não quer perder o que conseguiu construir em toda uma vida.

No Acre, a enchente atinge também Assis Brasil, Brasiléia, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Feijó, Jordão, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Plácido de Castro, Porto Acre, Porto Walter, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira, Tarauacá e Xapuri.

Em Brasiléia, na fronteira com a Bolívia, as águas do Rio Acre inundam o centro. Em alguns pontos, os telhados nivelam a força da inundação. Dos 11 bairros deste município, nove estão alagados.

A inundação de três bairros provocou 1.700 desabrigados e mais 1.500 desalojados. Em todo o Acre, o governo fala em 45 mil vítimas impactadas pela enchente de 2024.

No município de Jordão, o rio Tarauacá inundou cerca de 80% da cidade. Os desabrigados passam de 2 mil. No local, mais precisamente na zona rural de Jordão, um cinegrafista amador flagrou o momento em que uma casa de madeira foi arrastada pela correnteza do rio Tarauacá. Com informações de AC-24 Horas.