Enquanto parlamentares acreanos, principalmente os federais enfileiravam o combo daqueles que foram para a Avenida Paulista pedir anistia aos atos golpistas do ex-presidente Bolsonaro, no Acre, a população pedia socorro após o rio Acre transbordar.

Nesta segunda, 26/2 o rio Acre, principal afluente do estado com 15,96m, ultrapassava a marca do transbordamento. A previsão é que o manancial continue subindo e já nas próximas horas atinja os 16 metros. Caso ocorra, o resultado será uma catástrofe maior, tendo em vista do aumento das alagações na cidade de Rio Branco.

A Prefeitura fala em 14 mil famílias atingidas, totalizando pouco mais de 45 mil pessoas. Muitas, seguem alojadas em escolas e no Parque de Exposições. Ainda, segundo informações, o número de bairros atingidos subiu para 33, um número que pode elevar conforme as chuvas que não param de cair pelo estado.
Nas redes sociais, o governador Gladson Cameli (PP), também antecipou, como faz todos os anos decretando Estado de Emergência. Ele tem pontuado a ajuda do governo federal, inclusive fez um post de agradecimento ao próprio presidente Lula.

“Expresso minha gratidão ao governo do presidente @LulaOficial por todo apoio neste momento difícil que o nosso estado e, principalmente, nossa população enfrenta com as cheias”, disse.
Na nota, Cameli também menciona os ministros Waldez Góes, do Ministério do Desenvolvimento Regional e Nísia Trindade, do Ministério da Saúde (MS) que também se anteciparam em oferecer ajuda aos acreanos. O Acre compõe a lista dos estados brasileiros, que segundo o Ministério de Estado do Meio Ambiente e Mudança do Clima, corre o maior risco de ser atingido pelas catástrofes ambientais.
Mesmo como o alerta, a impressão é que o interesse dos políticos acreanos, não tem o povo como prioridade. Com cheias anuais, a proposta seria de retirar as famílias dos pontos afetados, mas ao que parece, nada tem sido feito para reverter um problema que aumenta ano após ano. A cheia provoca nos moradores um sofrimento anual revelando a carência de políticas públicas que se existem por lá, não chegam de fato a quem precisa.