Recentemente, São João del Rei foi palco de um alarmante fenômeno: mortes de crianças ligadas à presença de bactérias do gênero Streptococcus. Esta situação levou a uma onda de preocupação entre os pais e residentes da região.
Marcos Moura, renomado infectologista, elucidou questões sobre duas bactérias em foco: a Streptococcus pyogenes e a Streptococcus sp. alfa-hemolítico. Segundo ele, o gênero Streptococcus é classificado em cadeias, com a pyogenes pertencendo ao grupo A e a alfa-hemolítico ao grupo alfa. Enquanto o grupo alfa pode causar desde infecções urinárias até condições mais graves, a pyogenes é conhecida por ser altamente contagiosa, mas raramente fatal.
A transmissão da pyogenes pode ocorrer por inalação de secreções ou contato com feridas infectadas. Seus sintomas variam de amidalite e febre até náuseas e infecções de pele. Moura ressalta a importância de detectar a infecção rapidamente para tratá-la e alerta contra a automedicação.
Em meio a esta crise, escolas municipais foram fechadas temporariamente para desinfecção. A Secretaria de Saúde local reforçou que a cidade não está enfrentando um surto, mas sim casos isolados. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas tem acompanhado de perto a situação, fornecendo treinamento a profissionais de saúde sobre como identificar e tratar casos suspeitos.
Atualmente, três mortes estão sob investigação, envolvendo crianças de 3, 9 e 10 anos. Os sintomas observados incluem amidalite, febre, vômito e erupções cutâneas. Para combater a propagação da bactéria, a prefeitura sugeriu medidas de higiene, como lavar as mãos, usar álcool 70% e evitar compartilhar itens pessoais. Também foi recomendado que crianças com sintomas não frequentem a escola e procurem atendimento médico imediatamente. Em caso de dúvidas, a população pode buscar aconselhamento em unidades de saúde locais.
Com informações: G1