A seca, nos rios do Amazonas, Rondônia e Acre é um termômetro do que vem ocorrendo com o clima na Região Norte, em consequência dos crimes ambientais, e do aquecimento global. Há mais de 40 anos, os governantes vêm sendo alertados, mas pouco fizeram para reduzir tais impactos que já eram previstos.

No Amazonas, a seca dos rios vem à tona com o barro em quilômetros de extensão. Peixes, não suportam as altas temperaturas das águas e acabam morrendo por hipertermia. Em Tefé, segundo dados do ICMBio, a mortalidade de botos chegou a 140 animais, após a temperatura da água chegar 39,1°C.

A ministra de Estado do Meio Ambiente e Mudança do Clima Marina Silva, acompanhou a comitiva do vice-presidente Geraldo Alkimin, nesta quarta-feira 4/10, no Amazonas. A chefe da pasta revelou um balanço dos prejuízos causados pela seca nos rios do estado amazonense.

Para ela, o cenário é preocupante e assustador. “O impacto ambiental é tremendo, assustador. Ibama, ICMBio e instituições de pesquisa trabalham na região. Estamos fazendo ação emergencial em relação aos botos e tucuxis que estão sendo ferozmente atingidos” informa.
Levantamento feito pelas equipes que atuam na região, estima-se que a seca “pode afetar 500 mil pessoas nos estados do Amazonas, Rondônia e no Acre”, informou Marina Silva.