Por Marquelino Santana
A beotice humana bestializa o ser, enquanto a profunda bisbórria do indivíduo finório conduz as almas benevolentes aos mais burlescos catrapoços da vida em agonia. Nesse grotesco conluio da podridão dos homens, o nacionalismo caduco e doentio, contamina as esferas do poder reacionário e extermina de forma cruel e genocida os valores éticos e morais de um povo.
A força da soberania crapulosa constrói o império assassino da devassidão, da libertinagem e do desregramento estatal danoso e horripilante. Sem decência, compostura ou decoro, a carruagem da morte segue triunfante rumo a derrocada espoliante do degredo deplorável e do extermínio desdenhoso da vida.
As descomedidas ações de raiva e de ódio ao outro, promove o advento vergonhoso da apatia e da indiferença às diferentes diferenças. Esses desditosos atos da desgraça e do infortúnio, surgem em decorrência da ruina da alma humana, que ao entrar em derrocada, busca provocar o genocídio dos próprios semelhantes sem nenhuma demonstração de piedade ou comiseração.
Nessa disparidade dolosa e desolada, os homens seguem imbuídos de empáfia e soberba, uma arrogância monstruosa e mortífera, capaz de promover o escárnio exacerbado do homem contra o homem, o único animal que mata e não é capaz de saborear a sua presa.
Marquelino Santana é doutor em geografia, pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas, Modos de Vida e Culturas Amazônicas – Gepcultura/Unir e pesquisador do grupo de pesquisa Geografia Política, Território, Poder e Conflito da Universidade Estadual de Londrina.