Por Wanglézio Braga
A cidade de Brasiléia, localizada no interior do Acre, na fronteira com a Bolívia está tomada pelas águas do Rio Acre. Depois da capital, Rio Branco, o município é um dos que mais apresenta desalojados por causa da fúria do principal manancial daquele estado.
Na medição feita pela Defesa Civil Municipal, na tarde de hoje (27), o Rio Acre alcançou a marca de 13m17cm, às 15 horas. A cota de alerta é de 09m80cm e de transbordamento é de 11m40cm. No final de semana, a prefeitura decretou Situação de Emergência.
A cidade vive a terceira grande enchente em apenas 11 anos. A única travessia – a Ponte José Augusto – entre as cidades de Brasiléia e sua irmã-gêmea, Epitaciolândia, foi interditada para o tráfego de veículos pequenos. Para sair da cidade é necessário cruzar a fronteira com a Bolívia, por meio da Ponte da Amizade, na cidade de Cobija. No entanto, a região no entorno está tomada pelas águas.
As previsões sobre chuvas não são boas para a região. Segundo a meteorologia, elas não devem cessar tão cedo. Por outro lado, a cidade de Assis Brasil, localizada na tríplice-fronteira (Brasil, Bolívia e Peru), informou que o Rio Acre deu sinal de vazante. As águas que entram na cidade, vindas do Peru, seguem o curso do rio passando pela já castigada Brasileia, Epitaciolândia, com fluxo seguindo para Xapuri, Capixaba e Rio Branco.
Vídeo divulgado nas redes sociais dos locais mostra a situação triste e real de Brasiléia hoje: