Por assessoria
Acontece, nesta quarta-feira (15), a solenidade de posse da pesquisadora Lúcia Helena de Oliveira Wadt na liderança da Embrapa Rondônia, no auditório Madeira-Mamoré, em Porto Velho. Lúcia foi a primeira mulher a atuar na pesquisa de manejo florestal no Acre e liderou o projeto “Manejo florestal não-madeireiro para comunidades extrativistas da Amazônia”. Dessa iniciativa nasceu, em 2005, a Rede Kamukaia, que realiza pesquisas com temas relacionados a produtos florestais não madeireiros na Amazônia desde então.
Segundo Lúcia, sua atuação frente à Embrapa Rondônia é pautada no reconhecimento de que a Unidade está inserida em um estado com forte desenvolvimento socioeconômico. Porém, com demandas de tecnologias sustentáveis frente aos enormes desafios, macro político e de conservação do bioma Amazônico.
“Desde sua criação, Rondônia apresenta uma economia robusta. Hoje, é o segundo maior Estado na economia da região Norte e o 16º no rol da economia nacional, com uma base competitiva e de franco crescimento. Nesse contexto, já estamos atuando fortemente em importantes cadeias de produção, como a da pecuária (corte e leite), do café e de grãos, mas ainda temos muito a contribuir no desenvolvimento de tecnologias regionais e na formulação de políticas públicas", afirma.
Trajetória
Lúcia é formada em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Possui mestrado em genética de populações pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), doutorado em Agronomia na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ/USP), na área de concentração Genética e Melhoramento de Plantas.
Em 1994, iniciou sua carreira na Embrapa Acre como pesquisadora. Atuou como consultora do Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal, e ainda atua como pesquisadora da Embrapa na Amazônia e teve inúmeras participações em comitês internos e externos.
Agora, como chefe-geral da Embrapa Rondônia, relembra que sua trajetória pessoal e profissional foi direcionada por escolhas. “Como pesquisadora, consolidei minha carreira na área de manejo sustentável de produtos florestais não madeireiros, com foco principal na castanheira (Bertholletia excelsa) e me tornei referência no tema. Se hoje pode parecer algo corriqueiro trabalhar com a castanheira, no ano 2000, representou uma escolha complexa, cuja percepção da importância do tema adquiri nas inúmeras articulações que participei com o governo do Estado, com organizações não governamentais e, principalmente, com comunidades extrativistas e as universidades. Hoje me sinto preparada para a gestão e tenho convicção da responsabilidade em enfrentar mais esse desafio pessoal e profissional”, comentou.
O evento presencial terá transmissão pelo Link.
