Autor: Emerson Barbosa
Os desafios de uma menina que desde criança aprendeu com os pais da importância de ‘lutar pelo direito a fala’ em meio a uma sociedade ‘colonialista’ que busca valorizar ‘o santo de fora’ e nunca o da casa, que Txai Suruí, a indígena rondoniense que se tornou mundialmente conhecida após propagar um discurso emblemático carregado de cobrança para as autoridades mundiais e em especial ao governo brasileiro, na COP-26, em 2021, foi a presença vip do podcast ‘Mano a Mano’, apresentado pelo Rapper Mano Brown.
Walelasoetxeige, de 25 anos hoje é uma das coordenadoras da Associação de Defesa Etnoambiental (Kanindé), com sede em Porto Velho, Rondônia. É também uma ferrenha ativista dos direitos indígenas dentro do país, fora dele com vista na proteção da Amazônia Legal brasileira.
Na última quinta-feira, (15), a filha de Ivaneide Cardozo e Almir Suruí trouxe novamente à tona a sua visão ‘heterodoxa’ daquilo que pensa e age em relação a Amazônia, no tocante ambiental e dos direitos humanos sobre os povos originários.
Em um bate papo que estendeu por mais de 1h indo ao ar pela operadora de streaming Spotify, Txai Suruí denunciou os problemas acerca do desmatamento, os efeitos da grilagem de terra, com foco na falta de ações, principalmente daquelas que deveriam partir do governo federal, tendo em vista o combate aos crimes contra o meio ambiente em Rondônia, estado apontado hoje pelos órgãos de fiscalização como a ‘terra devastada’.