Autor – Aurimar Lima
O curso de capacitação em Salas de Vacina para os técnicos municipais realizado pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), com aulas teóricas e práticas em Porto Velho, entre os dias 2 a 11 de novembro, alcançou o montante de cerca de 2 mil doses de vacina em três residenciais populares.
Foto – Frank Nery
No residencial Orgulho do Madeira, zona Leste, o curso de capacitação atendeu com 4 grupos de estagiários, 4 instrutoras e uma população vacinável de quase 12 mil moradores no local. Foram 391 doses de vacinas de rotina e aproximadamente mais 98 doses de covid-19.
Em outro residencial popular, o Cristal da Calama, zona Leste, foram ministradas 405 doses de vacinas, além das doses contra covid-19. No residencial Morar Melhor, zona Sul, o atendimento foi de cerca de 300 doses entre vacinas de rotina e covid-19.
“A formação além das aulas teóricas manteve o foco no estágio supervisionado por instrutores especialistas em imunização, em lugares estratégicos e como forma de garantir uma formação sólida aos técnicos municipais”, disse o coordenador estadual de imunização, Ivo Barbosa.
DIFICULDADES
Em parceria com a prefeitura, que realizou uma ação nas comunidades e adjacências, a equipe do curso aplicou em torno de 2 mil doses de vacinas. “A parceria é uma forma de colocar gente no campo de estágio. Muitos, dessa população, moram distantes das unidades de saúde e tem gastos com transporte público o que dificulta o acesso as salas de vacina. Algumas mulheres tem filhos pequenos, ou 3 a 4 filhos para transitar até a unidade”, ressaltou uma das formadoras da Agevisa, enfermeira Luzanira da Costa Morais.
A jovem senhora, Júlia Araújo de Souza, de 24 anos, trabalha como diarista e estava com os três filhos com a carteira de vacinação desatualizada. Dos três filhos, o caçula de 2 anos, que leva para o trabalho, necessitava de 8 vacinas. “Para eu levar as crianças no posto eu preciso deixar de trabalhar um dia, também tenho que pagar o transporte e encontrar um horário adequado, pois os dois maiores estudam em horário diferentes”, explicou a dificuldade.
As aulas incluíram atualização de carteiras de vacinação, inclusão no sistema, técnicas e estratégias de vacinação. Além das formadoras que atuam na rede de frio estadual, o curso também recebeu instrutoras da Capital e interior do Estado.
