Autor – Emerson Barbosa
O alvo da ação, encabeçada pelo Ministério Público (MP-RO), com o apoio de diversas policias do estado, teve como objetivo, o Parque Estadual Guajará-Mirim. A extensão de terra tem sofrido nos últimos anos com ações criminosas que envolvem a invasão por grileiros e piratas das terras públicas. Na manhã desta quarta-feira, (06) todo o levantamento apurado pela investigação resultou na desarticulação do núcleo envolvido.
MPRO
Descobriu-se que com ajuda, inclusive de serviços topográficos, as terras do Parque GM, mas, precisamente localizadas no chamado “Bico do Parque” eram divididas e vendidas pelos criminosos ambientais a terceiros. A investigação, concluiu que no meio do núcleo transgressor existia, inclusive, a participação de um advogado, dele ocorria os tramites operacionais.
De acordo com a investigação, o homem operava dentro do organismo como um ‘coordenador’. A partir das suas ordens, a área de floresta invadida virava um cenário de destruição que supera os 2.347 hectares, um crime contra o meio ambiente avaliado em R$ 86 milhões. O levantamento também apurou que os criminosos já haviam distribuído de maneira ilegal cerca de 100 lotes de terra.
Além de uma organização delituosa consolidada nas práticas dos crimes ambientais no Parque Estadual Guajará-Mirim, o núcleo transgressor é apontado pelo coordenador do Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (Gaema), o Promotor de Justiça Pablo Hernandez Viscardi como ‘perigoso’.
Porto Velho, Guajará-Mirim, Nova Mamoré, e distrito de Jacionopólis, nesses locais foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão. No ano passado e em agosto deste ano, o jornalismo do News Rondônia já havia reportado o extenso e perigoso comercio ilegal de terras públicas dentro do Parque Estadual Guajará-Mirim.
Com 216,6 mil hectares, o Parque Estadual de Guajará-Mirim fica na parte Centro-Oeste do estado de Rondônia. Abrange afluentes da bacia hidrográfica do Rio Jacy-Paraná, entre os municípios de Nova Mamoré e Guajará-Mirim. A área também inclui o chamado Corredor Ecológico Guaporé/Itenez-Mamoré com limites da Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau e do Parque Nacional dos Pacaás Novos.