Autor: Assessoria
A conta começou a chegar literalmente para os taxistas de Porto Velho que se deixaram levar pro falsas promessas político-eleitorais. Mais de 50% desses profissionais não receberão o auxílio do Governo Federal, que começa a ser pago no próximo dia 16, no valor de R$ 1 mil, até o mês de dezembro.
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A declaração, dada em tom de decepção, foi do presidente do sindicato da categoria, o Sindtaxi, Waldiney Filhão, ao citar o prefeito, vereadores da capital e um sindicato pelego que fala em nome dos taxistas permissionários, mesmo estando proibido pela Justiça do Trabalho por não mais fazer parte da categoria.
“Não foi por falta de aviso: quando fui à imprensa falar sobre a situação do Táxi Compartilhado não me deram ouvidos. Não sou contra o compartilhado, mas da maneira como esse tipo de modalidade foi criada. Deu no que deu. E agora, quem vai reparar esse prejuízo?”, questionou.
Segundo Filhão, a Secretaria de Trânsito enviou uma lista para Brasília dos taxistas que estão aptos a receber o benefício. Mais da metade ficou de fora porque não conseguem pagar o ISS e a multa por estarem trabalhando irregularmente como “Compartilhado”. Há taxistas que foram multados em até R$ 13 mil por aderir ao “Compartilhado”.
“Só recebe o auxílio quem está em dias com a Semtran. Quem tem dívida de multa pendente não recebe alvará. E quem não tem alvará está fora do auxílio. Simples assim. É triste ter que fazer essa constatação. Tem taxista que, para pagar as multas terá que passar a placa para terceiros. Vai viver de quê?”, disse Filhão.
O sindicalista ressaltou ainda que o prefeito Hildon Chaves perdeu uma excelente oportunidade política de fazer algo pela categoria, enviando o nome de todos os mais de 900 taxistas para receber o benefício, usando como argumento que as multas não foram pagas por causa da situação financeira oriunda da pandemia.
De acordo com Filhão, Hildon teve muita culpa pela situação, pois ´deu corda´ para que o compartilhado ganhasse força, mesmo sabendo que a Lei Federal não permitia transformar transporte de passageiros individual em coletivo, que é uma modalidade exclusiva para ônibus.
“Ele fez vistas grossas e quando tentou voltar atrás já não dava mais. Isso quase quebrou, inclusive o consórcio das empresas de ônibus. A categoria foi vítima de um estelionato político-eleitoral. Muita gente barganhou em cima dos taxistas, inclusive dinheiro. E agora?”, questionou.
Ao finalizar, Filhão disse que não tem diálogo com a atual administração, mas está à disposição para conversar com a Prefeitura para discutir uma saída.