Autor – Carlos Sabino
Buscando fortalecer ações de combate ao vírus da raiva, a Prefeitura de Porto Velho intensifica os trabalhos de vacinação de cães e gatos na capital. A vacinação antirrábica é realizada pela Divisão de Controle de Zoonoses em Animais Domésticos e Sinantrópicos (DCZADS), da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), localizada na avenida Mamoré, nº 1120, no bairro Cascalheira, na Zona Leste da cidade.
O horário de funcionamento para vacinação na DCZADS é de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Além do ponto de vacinação na sede da DCZADS, a Prefeitura também disponibiliza um trailer no Parque Circuito, localizado na avenida Lauro Sodré, nº 2983, no bairro Nacional, que funciona de terça a sexta-feira, das 8h às 17h, e no sábado, das 8h às 14h.
Foto: Carlos Sabino e Leandro Morais
Alexandre Farahildes Ribeiro, médico veterinário da DCZADS, explica que pelo fato da cidade estar localizada dentro da floresta amazônica, incide sob um maior risco devido não haver possibilidade de controle do vírus diretamente nos animais silvestres, que são os principais reservatórios na cadeia de transmissão da doença para animais domésticos e seres humanos.
“Então não podemos vacinar os animais da floresta e nem eliminá-los, e os nossos animais em áreas rurais têm contato constantemente com os animais da floresta e posteriormente com os animais da área urbana, que são suscetíveis a pegar o vírus da raiva e trazer para o ser humano. Por isso é importante que os nossos animais em casa estejam sempre com a vacina em dia”, explicou o especialista.
O último caso de raiva em cães em Porto Velho, foi registrado em 2003. Desde então, as ações de imunização da população e dos animais são realizadas constantemente pela secretaria de saúde do município.
COMO É TRANSMITIDO?
A raiva pode ser transmitida através de animais mamíferos infectados pelo vírus, em especial os cães e gatos em áreas urbanas e morcegos em áreas silvestres e rurais.
O período de incubação do vírus Lyssavirus, da família Rhabdoviridae, responsável pela infecção, pode variar de tempo conforme as espécies dos reservatórios e a localização do ferimento ou do contato com a secreção salivar do animal infectado.
Nos animais, por exemplo, o vírus mata em até dez dias após o início dos sintomas. Tanto em seres humanos como em animais, o vírus entra pelo sistema nervoso periférico com destino ao sistema nervoso central e pode levar o paciente ao óbito em até um ano depois do contato.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
Os sintomas podem variar. O mais frequente é que ele apareça após três meses, ou até mesmo em um ano.
De acordo com Alexandre Ribeiro, entre os sintomas mais comuns em animais que o vírus pode despertar no organismo são: As alterações de comportamento, confusão mental, desorientação, incoordenação motora, agressividade, aumento de temperatura e paralisia da musculatura envolvida com a deglutição.
Ainda de acordo com o especialista, o primeiro diagnóstico pode ser facilmente confundido. Portanto, o ideal é procurar orientação de um médico veterinário particular ou na DCZADS, para realizar uma checagem minuciosa e avaliação clínica do animal.
PREVENÇÃO
Alguns cuidados podem ser tomados para prevenir o contágio do vírus. A vacina antirrábica é uma delas, mas também existem outras formas de cuidar bem do seu pet, como evitar o contato com outros animais desconhecidos, não se aproximar de animais silvestres e prevenir a entrada de morcegos em casa. Agora, caso o animal já tenha sido atacado, é necessário a limpeza imediata do local ferido com água corrente e sabão, além de procurar o atendimento médico o mais rápido possível.
AGENDAMENTO
A vacinação de cães e gatos acontece o ano inteiro na sede da DCZADS, e neste ano a Campanha de vacinação será no dia 24 de Setembro em 110 postos localizados em colégios Estaduais e Municipais. O telefone da DCZADS é (69) 98473-6712.