Não é de hoje que garimpeiros são flagrados dragando em áreas ou próximas de proteção ambiental ao logo do Rio Madeira. Desta vez, o problema está a 780 KM da capital Porto Velho (RO), em Autazes no Amazonas. Há pelo menos 16 dias centenas de maquinários praticamente bloqueiam a passagem do rio na comunidade de Rosário, distante 100 KM da capital Manaus (AM).
O trecho em que as dragas estão virou uma espécie de ilha flutuante. As imagens feitas por drone do local chocam e ao mesmo tempo impressionam pela grandiosidade da situação. A permissão de dragagem na área em questão, segundo o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) é proibida. Em nota o órgão declarou “que se ocorrem os garimpeiros o fazem de maneira irregular”.
O Ministério Público Federal do Amazonas também se manifestou, a instituição disse que sem “amparo legal, a extração de ouro na região de Autazes é uma atividade ilegal”.
Operando na ilegalidade, o ativista do Greenpeace Danicley de Aguiar se revolta, para ele é difícil explicar como um crime ambiental até o momento não foi combatido pelas autoridades do Amazonas estando a pouco mais de 30 minutos de voo da sede poderes. “Além disso, os equipamentos colocam em risco toda a saúde pública da região”, esclarece ele.
A reportagem apurou que até o presente momento, absolutamente nada havia sido feito para retirar os dragueiros da região. O Ipaam informou que vem estudando a denúncia, afim de planejar ações integradas com os demais órgãos de fiscalização do estado amazonense. O Ibama comunicou que havia se reunido na quarta-feira (23) com o Ipaam afim de encontrar uma maneira para fiscalizar o garimpo.