Como previsto, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta semana, a proposta que dá o nome de Dom Moacyr Grechi à ponte do Rio Madeira, na região da Ponta do Abunã. O PL 3704/19 foi protocolado pelo deputado Mauro Nazif (PSB) e teve a relatoria da deputada federal do Acre, Perpétua Almeida (PCdoB).
O texto seguirá para o Senado Federal, a menos que haja recurso para que seja votado pelo Plenário da Câmara. Antes, a matéria foi aprovada também pelas comissões de Viação e Transportes; e de Cultura.
O protocolo do PL foi entregue à Mesa Diretora no dia 25 de junho de 2019. De lá para cá, o PL passou pelo menos por quatro comissões. Na escolha da relatoria, Almeida foi favorável com a matéria que pretende homenagear o arcebispo de Porto Velho que morreu no dia 17 de junho de 2019 aos 83 anos. O sacerdote nasceu em Santa Catarina e cumpriu um legado muito grande na região norte quando ajudou na criação do Conselho Indigenista Missionário e da Comissão Pastoral da Terra.
Ao justificar a escolha do nome, Mauro Nazif disse que Grechi "Fez a Ponte Missionária nesses estados [Acre e Rondônia]. Em sua caminhada missionária soube com muita simplicidade conduzir suas ovelhas, lutou por justiça, pelos povos indígenas, pelos que mais necessitavam de justiça, buscando a paz e a harmonia. Lutou contra aqueles que tentavam humilhar as pessoas”.
A ponte do Madeira custou aos cofres públicos mais de R$ 154 milhões de reais, possui 1,5 quilômetro de extensão e 14,4 metros de largura. As obras tiveram início no Governo Dilma Rousseff (PT), passou pela gestão tampão de Michel Temer (MDB) e foi concluída e inaugurada no dia 07 de maio deste ano pelo governo Bolsonaro.