A incontinência urinária afeta boa parte da população brasileira. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, ocorre em pelo menos 35% das mulheres com mais de 40 anos e após a menopausa, e 5% da população em geral.
Para quem sofre com a perda de urina após um espirro ou até com total falta de controle da bexiga, o uso de fraldas geriátricas é essencial. Mas é importante entender qual a causa por trás do problema.
Por mais que haja uma faixa populacional mais afetada pela incontinência urinária, pessoas de todas as idades podem ser atingidas pela condição. Mas a incontinência é um sintoma, não uma causa crônica. Entender o que pode causá-la é fundamental para eliminar o problema.
Conheça algumas patologias ou problemas que estão por trás da incontinência urinária:
Infecções urinárias
São os principais causadores da incontinência urinária, principalmente porque a infecção urinária é o tipo de infecção bacteriana mais comum no ser humano. Ela varia conforme o local que atinge: pode ser uretrite (infecção da uretra), cistite (do trato urinário baixo) ou pielonefrite (urinária alta, que atinge os rins).
Alguns dos problemas causados pela infecção são o aumento da frequência urinária e a urgência miccional. Por isso, pode ser difícil controlar a quantidade de urina, causando a incontinência.
Aumento da próstata
O aumento da próstata é um problema comum que ocorre com o envelhecimento dos homens, principalmente os acima dos 50 anos. Na maioria dos casos, é apenas hiperplasia prostática benigna (HPB), um tumor não canceroso (benigno) que dificulta o ato de urinar.
A próstata é uma glândula localizada logo abaixo da bexiga e envolve parte da uretra. Quando começa a aumentar de maneira descontrolada, comprime a uretra, diminuindo o jato urinário.
Doenças neurológicas
Patologias como Parkinson, Alzheimer, AVC e esclerose múltipla podem provocar alterações na inervação da bexiga, causando um problema chamado bexiga hiperativa (BH) — uma condição urológica em que o indivíduo tem uma vontade incontrolável de urinar. Um dos problemas relacionados à BH é justamente a incontinência urinária.
Constipação intestinal
A constipação intestinal é um problema em que o indivíduo tem dificuldades para evacuar ou defeca menos de três vezes na semana, com evacuação incompleta ou petrificada. Normalmente, o distúrbio é causado pela má alimentação e falta de hidratação.
Por causa da relação entre ânus-reto e o trato urinário inferior, acredita-se que a constipação intestinal esteja intimamente ligada à incontinência urinária. O estiramento do reto pode comprimir a bexiga, retendo parte da urina e causando uma infecção. Além disso, a força realizada durante a evacuação intestinal pode lesionar a musculatura pélvica e causar isquemia.
Fraqueza na musculatura
O assoalho pélvico é o conjunto muscular que sustenta os órgãos abdominais e pélvicos, incluindo a bexiga. Assim como qualquer musculatura, eles precisam permanecer firmes para exercer suas funções devidamente.
Com a “frouxidão” no assoalho pélvico, ou seja, quando a pessoa não tem força muscular para reter a urina, ocorre a incontinência urinária por esforço, ou seja, a perda de urina durante um espirro, tosse, risada ou levantamento de pesos.
Fraqueza do esfíncter
Em muitos casos, a incontinência urinária ocorre pela fraqueza do esfíncter, um conjunto de anéis fibrosos que controla a saída de urina. Em homens, esse funcionamento pode ser prejudicado após a cirurgia de próstata, já que a glândula fica muito próxima a esse músculo.
Em muitos casos, não há perda da urina, e sim um gotejamento. Mas incontinências mais graves podem ser resolvidas com a colocação cirúrgica de um esfíncter urinário artificial.
Considerada padrão-ouro no tratamento do problema em homens, desde 2014 a cirurgia está incluída no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Isso quer dizer que os planos de saúde são obrigados a autorizá-la.