Uma delegação formada por jovens indígenas de Rondônia estão em Brasília (DF) participando do movimento nacional contra o PL 490/2007 que pode afetar a demarcação de terras no país criando espécie de marco temporal. O problema é que o grupo não tem recursos para manter-se na capital federal. Por isso, foi iniciada uma campanha de arrecadação nas redes sociais onde são aceitas doações em dinheiro e até via criptomoeda Oyabaten.
A mobilização ocorre nas principais redes sociais. Os jovens gravaram vídeo e massificaram postagens pedindo doações em dinheiro e apoio como alimentos, água, máscara, álcool em gel, lonas, colchonetes e cordas sejam entregues por aqueles que estão na capital federal. ONGs e coletivos que ajudam nas causas indígenas também participam da causa.
No Twitter, o indígena Elias Surui, da Aldeia Paiter, convidou os seus seguidores para colaborar no pagamento de despesas como alimentação e estadia dos jovens que representam o estado no movimento nacional.
“Venho pedir apoio para que possam doar de qualquer valor, de qualquer quantia para poder estar ajudando os nossos representantes, os nossos líderes, que estão nos representando em Brasília. Eles também precisam tomar água, alimentação, e outras coisas que necessitam”, diz Elias em vídeo.
Para doar ou obter mais informações, é sugerido que entre em contato com os canais da Articulação dos povos indígenas do Brasil (APIB) ou pelo perfil da Juventude Indígena de Rondônia no Instagram.
A mobilização nacional ou marcha dos povos indígenas já conta com quase 1 mil índios, de 30 povos originários, de todo o Brasil. Nesta semana, eles realizaram inúmeros atos em prol da Amazônia e seus povos. O ápice foi quando entraram em confronto com a Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) após a presidência da Funai recusar receber um grupo e iniciar o processo de ocupação no prédio da instituição.