Foram nove dias apresentando a cota máxima e histórica de 30 metros, até que nas últimas 24 horas, o Rio Negro no estado do Amazonas iniciou o processo de vazante. A marca foi a maior desde o início das medições, em 1902.
Pesquisadores responsáveis pelo Sistema Hidrológico do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), declaram que o processo de descida das águas ocorre de forma lenta. Isso com a diminuição de poucos centímetros por dia. “Até que acelera chegando a baixar de 10 a 15 cm”, afirma Luna Gripp. Na segunda-feira (14), o rio baixou 1 cm.
Enquanto a água não baixar um nível suficiente, os efeitos, segundo a pesquisadora vão permanecer no Centro e em muitos bairros da capital Manaus. Este ano de 2021 fica registrado como o período em que o Rio Negro superou a enchente de 2012, que era de 29,97 cm.
O governo do Amazonas, por meio da Defesa Civil, fala em 455 mil pessoas atingidas pela enchente. Só na capital, foram construídos 10 mil metros de pontes e passarelas em 20 bairros. No interior a situação também é crítica. A Defesa Civil, explica que das 62 cidades do estado, 48 estão vivendo momentos de emergência.