Porto Velho, RONDÔNIA – Sem um diagnóstico ou um simples teste sobre a confirmação de uma mudança de hábito dada aos usuários do transporte público com o emprego da Tarifa Zero nos ônibus da cidade desde o dia do anúncio atribuído ao prefeito Hildon Chaves (PSDB), já disse a que veio.
Foi o que constatou, em parte desta segunda-feira (12), o Jornalismo do NEWSRONDÔNIA em flagrantes durante giros por itinerários percorridos a custo de 0800, ao perceber que a medida fez com que a competição entre ônibus e o transporte alternativo fosse grandemente impactado quando se trata de passagens não pagas.
Nas linhas regulares do complexo Zona Leste, região mais afastada da Capital Porto Velho – e de maior concentração populacional – que, ainda assim, 'os ônibus circularam, praticamente, vazios porque usuários pareceriam não acreditar no que estava acontecendo ao passar na roleta', atestou o repórter que, pela vez primeira, andou de graça do centro aos demais terminais.
Porém foi nas linhas que cobrem os itinerários mais polêmicos do quadrilátero viário do Sistema Municipal dentro da Zona Leste e das intermediarias que ficou patente que o emprego da Tarifa Zero, nesse primeiro dia, 'foi quem roubou a cena da suposta falta de ônibus na rota disponibilizada', até aqui.
Os residenciais Crystal da Calama, Porto Madero e Cidade de Todos que integra o itinerário Esperança da Comunidade, os carros foram colocados em circulação nos horários antigos, com o primeiro balão às 05h30 até ao centro da cidade, em vice e versa.
Foi possível observar, todavia, que no primeiro dia da vigência da Tarifa Zero no transporte coletivo nesta Capital, usuários instaram motoristas para cobrar a passagem. Em seguida, eram recomendados a passar a roleta gratuitamente. Um ou outro sorria ante ao motorista, diferentemente, dos dias de cobrança ainda à porta dos veículos.
De acordo com acadêmica em Psicologia Aplicada e de Grupo, Helena Carvalho, 35, nordestina da Grande Aracaju (SE), em trânsito para Manaus, 'a mudança de hábito do portovelhense em meio ao moderno, apenas estaria sendo aguçado por algumas medidas de impactos' – como a da tarifa zero no transporte urbano.
Segundo afirmou, 'será preciso muito estudo e observações, ao menos aparentes, para que se tenha um novo perfil consolidado do usuário do transporte público nativo', sobretudo em meio ao avanço da pandemia no Estado e no País'.
Enfim, revelou que 'mobilidade sustentável e mudanças de hábitos em qualquer tipo de público consumidor no Brasil e no mundo, carece de medidas que, realmente, provoquem inclusão, de fato e de direito, de todos em programas de redução no custo de vida da grande massa mais pobre'.