Desde março quando a pandemia do novo coronavírus integrou o cenário sanitário mundial e de Rondônia, pessoas que até então estavam entre você e eu, e respondiam por um nome, tinham sobrenome, uma função trabalhista, uma posição social. Tinha familiares, amigos.
Implacável o coronavírus fez tudo mudar. Nomes e sobrenomes passaram a responder por meros numerais. Com muito choro, e sem vela alguma estamos em uma caminhada perversa em que a população tem desafiado de todas as formas a sua integridade perante a morte. Enquanto que na outra parte, a atuação governista é praticamente irrelevante.
No cenário desolador da doença, os finais de tarde revelam o balanço mortal da Covid-19 em Rondônia. É como os números trouxessem com eles a face mais cruel dessa realidade. E ao que tudo indica, ainda sem os feitos capazes de demonstrar para a população que depende dela a sua sobrevivência.
No país em que a “ordem” vem sendo combatida a todo custo pela perversidade à sexta-feira (05) de março, revelou mais um triste e cruel quadro da pandemia em Rondônia. Sem “decreto de luto” pelo governo estadual, o Rondônia superou as 3 mil mortes, causadas pela Covid-19. Com mais de 49 óbitos e 1360 casos, o índice de mortalidade alcançou 3.040, com 15.679 casos ativos da doença. No atual cenário assustador não teve cerimônia de luto oficial, não houve arrependimento, não houve respeito às vítimas e aos familiares.
O documento tinha por finalidade minimizar os efeitos da pandemia, mas prevaleceu o poder do mais forte e o mais forte vem sendo os empresários. No sistema tudo pode abrir, desde que proibida a venda de bebida alcoólica Rondônia caminha para o que os cientistas chamam de o mais obscuro momento.
Nesse cenário cabe justamente a falta de luto pelas vítimas mostrar a [empatia do governo estadual] com o seu povo. Cuide-se. Use máscara, respeite o distanciamento, evite aglomeração. E por falar nisso, não enfrente o coronavírus no peito e muito menos tenha a doença como “mimimi”.