Porto Velho, RONDÔNIA – Os índices de acidentes de trânsito com vítimas fatais no Estado e, especialmente, nesta Capital, continuam alarmantes, segundo apontam estudos apontam autoridades governamentais e Organizações Não-Governamentais (ONGs) voltadas para esse tema na região.
Com vítimas de gênero infantil, ao menos 100 crianças morreriam, em média, em acidentes de trânsito dessa monta no Brasil. Por conta desse tipo de tragédia, 'isso nos faz refletir sobre a responsabilidade dos adultos e o quanto a segurança dos pequenos ainda é negligenciada e deixada de lado, não em todo o País, mas, na Capital rondoniense, afirma a Assistente Social, Francisca Souza da Silva.
De acordo com uma fonte da Organização Mundial da Saúde (OMS), 'uma criança morre a cada quatro minutos no trânsito do mundo'. Segundo essas informações, no Brasil, as mortes no trânsito vitimam mais crianças entre 0 a 14 anos, é o que atesta o Observatório Nacional de Segurança Viária, através de da parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Em Porto Velho, devido ao avanço da pandemia do novo coronavírus, a reportagem fez várias tentativas junto a Secretaria de Estado da Saúde (SESAU) e cartórios de Registro Civil, mas, não foi impossível acessar dados estatísticos entre os anos de 2016 – considerado um período de pico no trânsito local – e os anos 2000 a 2021.
Nesta Capital o número de mortes no trânsito tem causado preocupação junto aos órgãos de controle. Porém, em certos casos, a falta de informações sobre as ocorrências em tempo real, muitas das quais, testemunhas se negam a depor contra, principalmente, 'condutores de maior poder aquisitivo com medo de represálias', atesta, sem temor, Francisca Souza da Silva.
Diante do atual quadro de violência no trânsito local, a reportagem obteve fora do Estado junto ao Sistema Datasus, a informação que dá conta que, 'o mapa das mortes de crianças de 0 a 14 anos, isso significa que 3,5 delas morrem por dia no Brasil num universo de até 1.292 à cada ano', o que resultaria na perda de 105 vidas.
Foi o que aconteceu na noite do dia 4 de Abril de 2020, precisamente, às 23h38, no cruzamento da Rua Humaitá com a Avenida Amazonas, bairro Socialista. Nesse momento, Givaldo da Silva Ferreira (conhecido como Soldado e um dos fundadores do Bairro Nova Aliança), que conduzia a filha menor Fernanda Gabriela Silva Ferreira (11 anos) e a mulher, Aline Taiane da Cunha Silva, na bicicleta, 'foram batidos por trás por um FIT Honda em alta velocidade'.
No acidente, morreram pai e filha. A mãe restou-lhe ferimentos de natureza média. No entanto, ficou desacordada, depois de lançados a distância – devido o impacto do veículo na traseira da bicicleta – até a chegada de uma unidade de socorristas do SAMUR (Serviço Médico de Urgência) ao local – que atestaram de pronto a morte de Givaldo e Fernanda.
Pai e filha, mortos na hora do sinistro envolvendo veículo modelo FIT HONDA, na cor cinza prateado, como a mãe da menor, não foram socorridos pelo condutor 'assassino' que se evadiu sem que fosse identificado. Apesar das imagens das câmeras de uma agropecuária, em frente ao local do acidente terem sido colhidas, 'não foi possível obter boas imagens', informou Aline Taiane, bastante indignada por até agora o caso não ter sido esclarecido.
Givaldo e Fernanda (falecidos) e Aline, agora, recheiam as novas estatísticas com vítimas no trânsito desta Capital. Contudo, Fernanda Gabriela, 11 anos, 'figura como mais um número que exprime vítima fatal, cujo assassino continua impune', o desabafo é da Assistente Social, Francisca Souza da Silva, indignada com o cenário de violência no trânsito local. Segundo ela, 'Fernanda, que cursava o 6º Ano na E.E.F.M Araújo Lima, teve o sonho interrompido de um dia ser tornar medica veterinária'.
SITUAÇÃO ATUAL – A mulher de Givaldo da Silva (O Soldado), Aline Taiane, juntamente com familiares e amigos, além de apoiadores em investigações de crimes considerados insolúveis, cujos atos atentam à Cidadania e Direitos Humanos, desde a data dos dois crimes, 'fazem uma verdadeira caçada humana ao motorista do FIT Honda (cinza prateado)'. No acidente, foram encontradas várias peças que se desprenderam com o forte impacto do veículo com a parte traseira da bicicleta que conduzia a da família.
De acordo com as amostras recolhidas no local por familiares das vítimas, 'as peças possuem identificação original de fábrica, com marcas timbradas e codificadas da concessionária (revendedora) da praça comercial desta Capital.