“O Congresso avança para um semi-presidencialismo ou parlamentarismo informal.” – Rodrigo Maia
A resistência surgiu entre condenados e aliados no mensalão que não aceitavam um Joaquim Barbosa como protagonista do julgamento da AP 470. Dali com as investidas da justiça e o ineditismo da Lava Jato, transformou-se em um movimento inominado, sub-reptício e suprapartidário no Congresso Nacional, avançando para outros poderes e instituições. Em 2018 o vendaval eleitoral fazia crer que a corrupção estava ferida de morte, mas a hidra da corrupção se reproduzia com velocidade e vigor nos bastidores.
A queda de Renan fazia crer que a “tchurma do dexassim” falecia, mas o movimento pró-corrupção se reagrupou e se fortalece para barrar a onda de moralidade que varre o país. Forjados na bandalha, os dissimulados, foram perfeitos esta semana em duas ações: barrar a ida do Coaf para a pasta da justiça e impedir investigações de fiscais da receita federal em crimes tipo corrupção e brandindo o toma lá dá cá emparedaram Bolsonaro e não duvidem que em breve se aliem às milícias e facções. E à luz do dia.
O senador Arolde de Oliveira PSD-RJ pôs a “tchurma do deixassim” ouriçada ao trucar a lambança do senador Braga que quer ver auditores da receita distantes dos feudos amazônicos. Com uma emenda apresentada para se incorporar ao pacote anticrime, o senador Arolde pode derrubar ou deixa inoperante o jabuti da árvore do ínclíto Braga. Pela proposta, Arolde quer que não apenas auditores fiscais, mas todos os servidores de quaisquer órgãos de controle e fiscalização colaborem procurando a polícia quando identificarem indícios de quaisquer crimes. Bela jogada. Arolde trucou e matou Braga!
Até julho chega à selva de pedra a “Nova Receita”. São novos leões dispostos a caçar juntos. Paulo Guedes quer nova governança com seis delegacias especiais para 6 mil contribuintes que são responsáveis por 60% da arrecadação, uma delegacia especial de pessoa física e uma de fiscalização nacional que para prospectar e atuar contra o planejamento tributário abusivo ou fraude tributária de repercussão nacional. Pelo jeito o jabuti do Braga vai virar sobremesa de leão. Para lembrar: leões caçam em grupo.
5-A diplomacia Guedes
Enquanto prepara o Brasil com reformas, Guedes não esquece quem deve, quem tem grana e quem se faz de gato morto. “O BNDES não pode ser fábrica de privilégios”. Para ele, o banco deveria investir em projetos de utilidade pública, como saneamento, reestruturação financeira de estados e municípios, privatizações e em Programas de Parcerias de Investimentos. Nada de “grana para gato gordo”.
E bem diplomático, “tem que acabar com essa história de campeão nacional. Quem cria campeão nacional é o mercado. E pra variar cobrou o que o BNDES deve ao Tesouro. Falou minha língua.
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