Maximiano Xavier da Silva encontrou na arte da cutelaria uma forma de superar sua deficiência física e transformar seu hobby em uma maneira de ganhar uma renda extra. Suas facas artesanais são produzidas na própria área de sua residência e, mesmo com equipamentos obsoletos, produz lindas peças de cutelaria rústica.
Max Cadeirante, como é popularmente conhecido, ficou paraplégico em 2013 ao ser atingido por um disparo de arma de fogo. Atualmente reside na cidade de Ouro Preto do Oeste com a esposa, Lourister Márcia Dias da Silva, juntamente com uma afilhada.
“Apaixonei-me pela arte da cutelaria por motivo de realização pessoal e por saber que minha deficiência não me impede de fazer algo que gosto e que tem muito valor tanto para mim quanto para outras pessoas”, ressaltou Max.
Mesmo com pouco tempo atuando como cuteleiro, aproximadamente seis meses, vem conquistando os amantes de faca artesanal através de suas lindas e exclusivas facas. Elas são fabricadas através do método do desbaste, que formata a lâmina e a têmpera que, por sua vez, é o processo de endurecimento do aço através do choque térmico.
O novato cuteleiro disse que, mesmo utilizando equipamentos obsoletos e improvisados, já produziu em torno de 70 facas. E fez questão de frisar que cada peça é como se fosse seu filho, ao explicar que as faz com muito carinho, chegando a levar em torno de três dias para finalizar cada peça, que é feita de discos de arado e molas de veículos.
“Para meu serviço sair a contento, necessito de uma furadeira de bancada, uma lixadeira de cinta, uma forja e uma bigorna. E esses equipamentos, com fé em Deus, irei comprar com as vendas das facas, as quais custam em média de R$ 100,00 cada”, finalizou Maximiano, um ser humano exemplo de superação.
As pessoas interessadas em adquirir as facas artesanais ou ajudar Max a adquirir os maquinários devem ligar no número (69) 9 9291-9855 (WhatsApp).