“Não sabíamos o que fazer, foram minutos de pavor.” Foi assim que um dos proprietários da hamburgueria Lifebox, em Águas Claras, Marco Antônio Amaral Júnior, 26 anos, descreveu o momento quando o cirurgião bucomaxilo Hamilton Pires, 37, engasgou-se e morreu asfixiado enquanto comia um sanduíche de filé, na madrugada desta segunda-feira (20/8).
O proprietário conta que o ambiente da lanchonete, localizada na Rua 12 Norte, foi tomado por “tensão e desespero” quando Hamilton começou a passar mal.
“Eu estava no subsolo e me chamaram. Subi correndo e me deparei com o rapaz engasgado. Pedi que esvaziassem o espaço para ele conseguir respirar, liguei para os bombeiros e solicitei orientações por telefone, mas não conseguimos”, lamentou.
Segundo Marco, a casa, que funciona exclusivamente no período noturno, estava cheia. Hamilton lanchava na companhia do irmão e da cunhada, os quais ficaram “desesperados”.
No momento do engasgo, uma médica também estava na lanchonete e tentou imediatamente realizar manobras de reanimação no homem, mas ele não resistiu.
Ao Metrópoles, o capitão do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal Ronaldo Reis explicou que a massagem cardíaca deve ser utilizada apenas em último caso, quando a vítima já aparenta estar inconsciente e desfalecida.
Inicialmente, o ideal é bater nas costas da vítima com força moderada, no sentido de baixo para cima. Caso não surta efeito, abrace a pessoa por trás e posicione as mãos na região do abdômen, comprimindo o estômago e puxando-o para si e para cima"
sociais
Amigos e familiares usaram as redes sociais para se despedirem do cirurgião (veja abaixo). Hamilton era natural de Fortaleza (CE) e cursou odontologia na Universidade Paulista (Unip). Ele também praticava jiu-jítsu na academia Gracie Barra de Águas Claras.
O corpo dele será cremado em Valparaíso, no Entorno do Distrito Federal, nesta terça-feira (21/8). O cirurgião bucomaxilo deixa uma filha de 3 anos.
Treinamento especializado
Depois do episódio desta segunda-feira (20), o proprietário disse que pretende promover um treinamento especializado para seus funcionários, na tentativa de prevenir outros casos como esse. “Vamos treinar a equipe para outras situações, como convulsão e até ataque epilético”, afirmou.