Que diacho é isso? Quanta chuva no mês de agosto! Não é que eu seja contra, muito pelo contrário, porém, acho que alguma coisa estranha está acontecendo com a natureza.
Que me lembre, até bem pouco tempo, chuva no mês de agosto era apenas uma e olhe lá. A única que caia a gente dizia que era a chuva do Caju ou da Manga.
Até antes da formação do Lago do Samuel formado pela água represada do rio Jamari, o mês de agosto era considerado o mais seco de Porto Velho. Não falo de Rondônia porque só existiam dois municípios, Porto Velho e Guajará Mirim então, o que existia ao longo da BR 29 hoje BR 364, era apenas floresta e algumas casinhas na Vila de Rondônia em Ariquemes e Vilhena e pronto.
Quando se formou o Lago de Samuel com a construção da primeira usina hidrelétrica de Rondônia, o mês de agosto foi “desmoralizado” e passou a ser alvo da chuva mais de uma vez.
Poucas pessoas ligaram para a transformação climática provocada com a construção da usina de Samuel.
Quando construíram as usinas do Madeira conhecidas como hidrelétrica de Santo Antônio e Jirau, os leigos como eu, jamais pensaram que o Lago que eles (das usinas) dizem não existir, afetaria o sistema climático de Porto Velho e região.
Logo de cara tivemos a famosa cheia do Rio Madeira que muitos atribuíram às usinas e nada ficou comprovado oficialmente.
Se já chovia no mês de agosto, em consequência do Lago de Samuel, com a construção das Usinas do Madeira o índice aumentou, pois passou a chover muito mais do que antes.
Nessa segunda feira dia 20, o que caiu de água em Porto Velho, jamais foi registrado no mês de agosto. Foi chuva igualzinho as chuvas chamadas de inverno. Até arrisco:
Se antes só tínhamos duas Estações – Inverno e Verão, agora passamos a ter as QUATRO. Reputo essa mudança, além da construção das Usinas do Madeira, ao desmatamento desenfreado que aconteceu em Rondônia de 1960 pra cá.
Hoje o vento sopra lá em Vilhena e em poucas horas está em Porto Velho. Não tem nenhum obstáculo para impedi-lo de chegar até as barrancas do Rio Madeira.
Antes tínhamos o que chamávamos de fenômeno da FRIAGEM. Agora quando esfria no Rio Grande do Sul sobra um pouquinho pra Rondônia como um todo. Hoje não é só Vilhena que tem o privilégio de, de vez em quando, curtir baixas temperaturas. Porto Velho que fica ha 900 KM da capital do cone sul também recebe o vento FRIO.
E assim vamos ficando sem nada. Nosso rio Madeira está todo assoreado. Não tem dragagem que dê jeito. Tenho quase certeza que daqui a alguns anos, ou se extingue as Usinas do Madeira ou então terão que transformar a parte do Alto Madeira (de Santo Antônio pra cima) em um grande lago (represa), e transformar o leito do Baixo Madeira em apenas um córrego que só receberá água, quando as comportas das usinas estiverem abertas. Deus me livre de viver pra ver isso acontecer!
Não somos contra a chuva no mês de agosto, muito pelo contrário! Apenas ficamos receoso, pois, como diz o dito popular: “Esmola demais, até o santo desconfia”.
Por falar em desconfiança! Tá tudo quanto é político, principalmente os que estão disputando cargos majoritários, apreensivos.
Acontece que nesta quarta feira dia 22, o IBOPE vai publicar a primeira desse pleito, com números que envolve os candidatos a governo e senado em Rondônia.
Tem candidato se pegando com tudo quanto é santo, pedindo para seu nome estar entre os primeiros. Calma senhores!
Como diz meu amigo e guru Waldir Costa popularmente conhecido como “Barba”. “Essa primeira pesquisa só serve para iludir o candidato, pois, a campanha ainda não começou pra valer”.
Tomara que chova no meu roçado!