A gasolina subiu mais uma vez nas bombas. É a oitava alta consecutiva desde o dia 22 de junho.
Desde outubro de 2016 a Petrobras tem alterado os preços dos combustíveis. Para isso a empresa vem utilizando a variação das cotações internacionais, aliada com a taxa de câmbio. Baseada no mercado do preço livre o brasileiro é que paga o preço.
Para o Sindipetro, a elevação do preço da gasolina está associada diretamente a Petrobras petróleo. De acordo com o sindicato a mesma Gasolina vendida no Brasil é a mesma exportada para a Bolívia e o Paraguai. O problema é os impostos sobre combustível cobrado pelo governo brasileiro não são recolhidos na exportação.
“Eles (Petrobras) vendem a gasolina com o mesmo valor para os distribuidores nossos daqui, só que para lá (outros países) vai sem os impostos”, comenta o secretário Executivo – Sindipetro, Eduardo Valente.
Outro agravante de acordo com o Sindipetro é o aumento do combustível feito todo o dia 01 de cada mês pelo governo Estadual. Por conta disso, dos 52 municípios de Rondônia o mais prejudicado com a cobrança é Porto Velho, que tem sido medido sempre abaixo da pauta.
“Se você pegar um litro de combustível vendido em Costa Marques, chupinguaia, lá em cabixi no extremo do Estado. O ICMS que aquele posto lá do interior paga é o mesmo que o posto paga em Porto Velho. O ICMS representa no preço da gasolina R$ 1,813 centavos. independe se você vender a gasolina a R$ 1, R$ 5 ou R$ 10,00, você vai pagar o ICMS de 1,813”, explica o secretário Executivo do Sindipreto.
Durante a greve dos caminhoneiros em maio deste ano, o Sindipetro apresentou ao ministro da Fazenda,Eduardo Guardia em Brasília, uma pauta propondo a implementação da chamada monofásica do ICMS.
“E o imposto que acabaria com essa virada de pauta desse preço médio e teria um preço único para o Brasil todo. O combustível subiria menos e o governo do Estado perderia menos. O combustível ficaria mais barato”, informa.
Atualmente, incidem sobre o preço da gasolina e do diesel PIS/Confins e Cide [impostos federais e ICMS – imposto estadual]. Juntos, esses tributos correspondem a 43,8% dos preços final da gasolina e a 26,1% do preço final diesel. O valor ficou ainda mais evidente com após o aumento nas alíquotas de PIS/Confins em meados do ano passado, com o único objetivo de aumentar a arrecadação do governo federal para tentar estancar o rombo financeiro das contas públicas. Nas ruas resta ao povo se revoltar.