PORTO VELHO – Conter o avanço da criminalidade, dentro e no entorno do Complexo Ferroviário da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM) foi o que motivou, nesta quarta-feira, 04, a ida de dirigentes da associação da categoria ao Comando Geral da Polícia Militar do Estado.
Por maior que seja a preocupação das autoridades no combate aos crimes de furtos e roubos de peças do rico acervo histórico e cultural ambientes do Complexo e da secular Vila Ferroviária, o presidente José Bispo de Morais, o Vice George Telles (O Carioca) e o Tesoureiro da ASFEMM, Dirceu Alves dos Santos, indicaram à cúpula da PM que “é necessário uma pronta intervenção policial no local”.
Ao Comandante, Coronel PM Ronaldo Flores Corrêa, os dirigentes relataram fatos gritantes de assaltos e existência de tráfico formiguinha de entorpecentes à luz do dia. Além da perigosa movimentação de prostitutas em meio à turistas, visitantes e estudantes – em horários considerados impróprios.
Bispo, Carioca e Dirceu, respectivamente, no documento entregue ao militar pretendem avivar a assertiva de que, “não é possível que a depredação do único expoente histórico, cultural e patrimonial dos porto-velhenses, passe ao largo dos olhos das autoridades”.
Segundo eles, “a situação já foi muito diferente no passado quando moradores, turistas e visitantes desfrutavam em paz e segurança da alegria que era andar nas Marias-Fumaça até à Vila de Santo Antônio”. Hoje, o quadro é desolador por conta e risco da fragilidade do sistema de vigilância praticado até agora pelas autoridades.
Dos relatos constam, ainda, que, para conter a criminalidade e o trânsito de desocupados, entre os quais, dependentes químicos e traficantes, “a tarefa é mais simples e direta”. Segundo a Associação, “os suspeitos devem ser identificados, e suas bases de operações na venda de entorpecentes conhecidas desde o Complexo aos bairros vizinhos”.
Eles apontaram, ainda, que, policiamento ostensivo na área e serviço de inteligência, somado ao controle social na entrada e saída de pessoas ao Complexo, “irá ajudar a desalojar ladrões, traficantes e amenizar o tráfego de elementos que nada têm de visitantes ou turistas em trânsito pelo Centro Antigo da cidade de Porto Velho”.
Fez parte dos relatos feitos ao Comandante Ronaldo Corrêa, a questão da criação, instalação e funcionamento de uma base policial. Contudo, essa medida foi sugerida em anos anteriores em função do estado de insegurança vivenciado, diariamente, pelos ferroviários ao público, com maior fluxo aos domingos e feriados.
O Comandante, no leque aberto com as discussões por ele e os dirigentes ferroviários, sugeriu, no entanto, que, “façamos uma reunião conjunta com todos os órgãos de segurança acreditados no Estado”. Desse modo, “todas as forças estarão coesas e preparadas” e certamente, “os amigos do alheio e conhecidos vândalos serão localizados e serão tirados de circulação”, previu o Vice-Presidente da ASFEMM, Carioca.
Ao final do encontro, que ocorreu no gabinete do Comandante Ronaldo Flores Corrêa, as partes admitiram que, “os adversários da moral, dos bons costumes e da preservação do patrimônio histórico da EFMM, precisam ser retirados de circulação e do seio da sociedade”, dentro dos princípios e rigores da lei.
Sobre o assunto, admiram, contudo, que, “o trabalho de segurança, conservação e preservação da Estrada de Ferro deve unificar cidadãos, o poder público e político” ante a ameaça iminente de vandalismo, do avanço do crime e do descaso para com a cultura e a família porto-velhenses, arremataram Bispo de Morais, George Telles e Dirceu dos Santos.
Enfim, “precisamos moralizar a segurança no Complexo para que as famílias se sintam em casa, como antes, e usufruam dos momentos lúdicos advindos dos ambientes, dos passeios na Litorina e usufruto do belíssimo Pôr-do-Sol, que fazem parte do imaginário do povo em novo olhar sobre o caudaloso Rio Madeira”, completou Carioca.