A China criticou nesta segunda-feira, 7 de julho de 2025, o uso de taxas alfandegárias como “instrumento de coerção e pressão”. A manifestação chinesa veio após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar impor um imposto adicional de 10% a países que se alinharem com o Brics.
Em entrevista, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, declarou: “A cooperação entre os países do Brics é aberta, inclusiva e não visa nenhum país em particular”. Mao reiterou que a China “sempre se opôs a guerras comerciais e tarifárias”, acrescentando que a imposição “arbitrária” de tarifas “não beneficia nenhum país”. Ela descreveu o grupo Brics como “uma força positiva na comunidade internacional”.
Nesse domingo, Trump escreveu em sua rede social Truth Social: “Qualquer país que se alinhe com as políticas antiamericanas dos Brics deverá pagar uma tarifa adicional de 10%. Não haverá exceções a essa política.”
O grupo Brics, atualmente composto por 11 países do chamado Sul Global, realiza desde ontem (6) a 17ª Cúpula de chefes de Estado e de Governo no Rio de Janeiro, sob forte dispositivo de segurança. Os presidentes Xi Jinping, da China, e Vladimir Putin, da Rússia, estão participando por videoconferência.