Ataques militares israelenses na Faixa de Gaza palestina mataram pelo menos 61 pessoas no intervalo de 48 horas, disseram médicos locais neste sábado (7), enquanto as forças israelenses lutavam contra militantes liderados pelo Hamas no território.
Após 11 meses de guerra, várias rodadas de negociações não conseguiram, até agora, fechar um acordo de cessar-fogo para encerrar o conflito e libertar os reféns israelenses e estrangeiros mantidos em Gaza, bem como muitos palestinos presos em Israel.
Um ataque aéreo israelense no complexo da escola Halima al-Sa’diyya, que serve de abrigo para pessoas desalojadas no campo de refugiados urbanos de Jabalia, matou pelo menos oito pessoas e feriu outras 15, segundo os médicos.
Os militares israelenses disseram que o ataque teve como alvo um centro de comando do Hamas dentro do complexo. O grupo militante islâmico foi acusado de explorar repetidamente civis e infraestrutura civil para fins militares, alegação negada pelo Hamas.
Mais cinco pessoas foram mortas em ataque a uma casa na Cidade de Gaza.
Também hoje, um ataque israelense matou quatro pessoas e feriu 25 na escola Amr Ibn Ala’as, que também abriga famílias desalojadas no subúrbio de Sheikh Radwan, na Cidade de Gaza, de acordo com médicos palestinos.
Os militares israelenses disseram que o ataque aéreo teve como alvo um centro de comando operado por homens armados do Hamas no complexo que anteriormente servia como escola.
Autoridades de saúde palestinas informaram que os ataques militares israelenses mataram até agora 28 pessoas na Faixa de Gaza neste sábado.
Apesar do impasse, as Nações Unidas, em colaboração com as autoridades de saúde locais, deram prosseguimento à campanha para vacinar 640 mil crianças em Gaza após o primeiro caso de pólio em cerca de 25 anos. Pausas limitadas nos combates permitiram o prosseguimento da campanha.
As autoridades da ONU afirmaram que estavam fazendo progresso, tendo atingido mais da metade das crianças que precisavam do imunizante nas duas primeiras etapas no sul e no centro de Gaza.
Neste domingo, a campanha será transferida para o norte da Faixa de Gaza. Uma segunda rodada de vacinação será necessária quatro semanas após a primeira.