O líder do Povo Suruí, o grande cacique Almir Suruí, homenageou Joaquim Gasat’ Dahp por meio de um vídeo. Na imagem, Gasat demonstra uma dança, na verdade, um ritual herdado do seu povo, de uma época que Rondônia era apenas possibilidade de colonização.
Em nota, publicada na rede social Instagram, os suruís lamentam a morte do indígena. Eles reafirmam que Joaquim era um guerreiro, “um homem que com coragem e dedicação, contribuiu para garantir a sobrevivência e preservação da cultura ancestral do seu povo”.
A ativista indígena Txai Suruí (Walela Soet Xeige) também buscou no vídeo, demonstrar seu respeito por Joaquim. Txai está fora do país e por isso não poderá participar do ritual de despedida. A Prefeitura de Cacoal emitiu uma nota de pesar. “Nossos votos de que Deus possa consolar os corações dos seus familiares, perda irreparável”.
Joaquim Gasat’ Dahp Suruí, tinha 62 anos, morreu na quarta-feira (19). A causa da sua morte não foi revelada. Gasat vivia na Terra Indígena Sete de Setembro em Cacoal, Rondônia. Ele é apontado como um dos últimos indígenas ‘contatado’ do seu povo, em um processo que começou durante a colonização de Rondônia.
Joaquim, viu de perto as atrocidades que quase dizimaram os suruís do mapa. Sua sabedoria e experiência foram fundamentais para a continuação dos indígenas. “Seu legado viverá para sempre em nossos corações e nas histórias contadas por gerações. Que o espírito de Joaquim Suruí caminhe ao lado de nossos antepassados, guiando-nos para um futuro em que possamos viver em harmonia com nossa terra, nossa cultura e nossas tradições”, finaliza a nota.
