O projeto “Cinema Itinerante: Portal da Amazônia – Histórias que Conectam Culturas” está promovendo sessões de cinema e rodas de conversa em escolas públicas de comunidades rurais e bairros periféricos de Vilhena (RO). A ação, que já está em andamento, é coordenada pela comunicadora social e produtora cultural Andréia Machado, com o objetivo de ampliar o acesso à arte cinematográfica e fomentar o diálogo sobre identidade cultural na Amazônia.
As exibições estão sendo realizadas nos distritos de Nova Conquista, São Lourenço e Perobal, além do bairro Setor 6 – Parque São Paulo, na área urbana da cidade. As atividades ocorrem nas escolas: Maria Paulina Donadon (Nova Conquista), Tenente Melo (São Lourenço), Progresso (Perobal) e Professor Luís Carlos Paula Assis (Setor 6).
A programação contempla quatro sessões de cinema com classificação livre e quatro rodas de conversa, mediadas pelo sociólogo Márcio Guilhermon, abordando temas como cultura local, identidade amazônica e a valorização da produção audiovisual regional.
De acordo com Andréia Machado, o projeto nasceu da necessidade de descentralizar o acesso ao cinema e à cultura. “Muita gente nunca teve a oportunidade de ir a uma sala de cinema. Agora, essa experiência chega diretamente às comunidades, de forma gratuita, com estrutura de qualidade e com filmes que retratam a nossa realidade”, afirma a coordenadora.
Cerca de 70% dos filmes exibidos são produções realizadas em Rondônia, o que reforça o compromisso do projeto com a promoção da cultura local e o fortalecimento da identidade regional. “Queremos que as pessoas se vejam nas histórias contadas. Isso gera pertencimento e valoriza ainda mais a nossa cultura amazônica”, completa Andréia.
As sessões contam com interpretação em Libras, realizada pela intérprete Ana Paula Seixas, garantindo acessibilidade para o público surdo. O projeto foi viabilizado com recursos da Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar 195/2022), com o apoio da Fundação Cultural de Vilhena (FCV).
Com o uso de uma estrutura de cinema móvel, o projeto transforma os espaços escolares em verdadeiras salas de exibição, com som e imagem de alta qualidade. Mais do que entretenimento, o projeto busca provocar reflexão e engajamento da comunidade, com a participação ativa de alunos, professores, moradores e lideranças locais nas rodas de conversa realizadas após as sessões.
A meta é alcançar 300 participantes até o final de abril de 2025, promovendo uma experiência artística inclusiva, formativa e transformadora. A ação integra um movimento mais amplo de democratização da cultura na região amazônica.
“A mostra Cinema Itinerante: Portal da Amazônia não é apenas sobre exibir filmes, mas sobre conectar histórias, promover o diálogo e mostrar que a cultura também nasce e floresce aqui, nos nossos territórios. Este projeto é apoiado com recursos da Lei Paulo Gustavo. Gratidão a todos que estão apoiando essa ação”, finaliza Andréia Machado.
