JARDIM SANTANA, Porto Velho – Como nos demais centros urbanos da cidade, esse bairro ainda convive com algum tipo de desleixo que trava o seu desenvolvimento social e econômico. Exibe, por outro lado, certa pujança na capital por estar envolta do setor chacareiro, residenciais do Programa Minha Casa Minha Vida e de empreendimentos comerciais.
– Nem só por esses fatores buscamos um sistema de vida própria, com educação de qualidade, saúde adequada e problemas de infra-estrutura resolvidos até 2020, sonha acordado o presidente da Associação de Moradores.
No mapa do bairro Jardim Santana de Porto Velho estão exibidas as principais ruas e avenidas que o interligam com os outros pontos entre o Socialista, Tancredo Neves, JK, Ulysses Guimarães e o novo acesso ao Residencial Crystal da Calama. Porém, ainda falta existir a presença do poder público em saneamento, educação, saúde, transporte público, segurança e infra-estrutura.
Fora do mapa apresentado por órgãos de controle no âmbito do Executivo Municipal e Estadual, a população reclama de problemas como a obstrução das avenidas e ruas de acesso ao bairro e região. Até mesmo no acesso às lojas, panificadoras, supermercados, postos de gasolina, conveniências e outros negócios/empresas locais, 'há impedimento na mobilidade.
Como nas demais periferias da cidade, a população enfrenta uma escalada feroz e voraz da violência e da criminalidade. A maioria dos atores, segundo dados tirados de estatísticas elaboradas por órgãos da saúde e de segurança, ' são de jovens entre 13 e 27 anos', cujos fatores atestam para conflitos familiares com algum tipo de vulnerabilidade pessoal e social em família e a ausência do poder público nesse contexto.
Para doer menos com a falta de segurança nessa parte da cidade, moradores lembram ao NEWSRONDÔNIA no âmbito da segurança oferecida pelo Estado, a Base da Polícia Militar estreou com efetivo de 40 homens, viaturas novas, equipamentos e armamentos de ponta. O efetivo foi reduzido ainda na era Confúcio Moura.
– Na educação municipal e estadual há o que se fazer muito mais pela comunidade, atestam moradores ao longo da Base Militar em direção ao setor chacareiro da Avenida Raimundo Cantuária e da divisa com o Residencial Orgulho do Madeira.
Sobre a educação prestada pelo Estado, a Escola do Ensino Fundamental e Médio 'Ulysses Guimarães' desde os governos Confúcio e Daniel Pereira, "os problemas hidráulicos, elétricos e físicos do estabelecimento só aumentam', queixam-se aluno, professores e parte dos Bedéis da portaria da escola.
Nos vários endereços dos serviços prestados na rede de saúde local, através da Unidade Básica de Saúde (UBS), a deficiência continua na área de clínica médica (número de profissionais é reduzido), nos cortes excessivo de remédios e medicamentos gratuitos, bem como, em exames rotineiros (sangue, urina e fezes) e, em caráter avançado, no atendimento dos pacientes na Policlínica Oswaldo Cruz (POC).
A malha viária do bairro Jardim Santana é de um estado critico lamentável e vergonhoso ao menos a três anos. Nesse período, 'os buracos mais parecem crateras lunares, 'panelões' de terra e lama abaixo do céu', ironizam motoristas e cobradores da extinta linha Jardim Santana-Alexandre Guimarães.
No social, a presença marcante da única entidade que insiste em atender a população do bairro a 0800 é a Associação de Moradores local, coladinha na Base Comunitária do 5º Batalhão da Polícia Militar. Presidida pelo Romeu de Oliveira (Romeuzinho da Comunidade), lamenta a situação em que se encontra o bairro.
Nos relatos apresentados por ele ao NEWSRONDÔNIA, as questões de saúde, educação, segurança, transporte coletivo público, saneamento básico (rede de esgoto sanitário, pluvial, pavimentação, construção de bueiros, pinguelas, calçamento e meio fio), além da iluminação pública, ele apela ao prefeito Hildon Chaves que priorize esses setores.
Num rápido giro pelo bairro, o NEWSRONDÔNIA constatou entre as dez principais avenidas e ruas do Jardim Santana detêm, ao lado dos vizinhos Ulysses Guimarães, Setor Chacareiro Militão e da Estrada dos Periquitos, 'o Jardim Santana tem o pior quadro de vias de acesso da cidade', afirmam comerciantes locais.
PARA A CRISE DOER MENOS – Os buracos começam existir nas avenidas Amazonas, Rio de Janeiro, Raimundo Cantuária e Alexandre Guimarães, entre as quatro das dez principais do bairro que dão acesso também aos residenciais do Programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal e ao setor chacareiro (+ as deficientes ruas do Alto da Bronze, Anápolis, Araguaia, Aruanã, Benjamin Barbosa, Caldas Novas e Catalão).
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