Porto Velho, RONDÔNIA – O corpo de Josival Rodrigues da Silva (O Cueca) foi sepultado às 9h30 dessa terça-feira (30), no Cemitério Municipal de Santo Antônio. Ele foi morto, cruelmente, na noite de sábado para o domingo (28.04), depois de raptado por desconhecidos.
Durante o velório, surgiram comentários entre amigos e parte dos familiares dando conta de que “Cueca teria sido vítima de um crime de execução sumária”, com requintes de violência suprema. Portanto, o caso deveria ser investigado pela Delegacia de Homicídio, mas, em conjunto com a Polícia Federal.
Na saída do cortejo, em direção ao cemitério, além da tristeza e sofrimento dos familiares e amigos da vítima, um alerta foi dado às autoridades: “O crime pode ter contado com os dedos sujos dos barões das drogas e do crime organizado, tamanha foi a ousadia de o terem arrancado de dentro de casa”.
Amigos de Cueca, entre grupos de pessoas próximas ao ex-Assessor do então vereador e ex-deputado estadual José Hermínio Coelho (PCdoB), o comentário era de que “o reaparecimento do carro nos arredores do Orgulho do Madeira, na ligação com o Setor Chacareiro, abre-se uma luz de que teria sido torturado e morto naquela parte da periferia Zona Leste”.
Recentemente, houve o registro de uma fuga de bandidos dos presídios locais e uma parte deles chegou a ser vista naquela região. Contudo, segundo policiais experientes, “o carro reapareceu ali, próximo ao Orgulho do Madeira, sinal que Cueca pode ter sido levado a um dosvaradouros usados como rotas de fuga entre Mariana, Jardim Santana e a Estrada dos Periquitos”.
Diante da multidão que seguia o cortejo com o corpo de Josival Rodrigues da Silva (Cueca), choros ininterruptos e lamentos pelo triste fim que os assassinos deram à vítima, colegas taxistas apontaram que, “as polícias Civil e Federal, devem abrir linhas de investigação que levem a conhecidos agiotas e a narcotraficantes que operariam nas zonas Leste e Sul da Capital”.
Na funerária, onde o corpo foi velado, em meio a um grande fluxo e refluxo de pessoas, foi anotada a presença de uma pessoa no local. “Esse visitante anônimo, óculos escuros, não ofereceu condolências aos familiares. À cabeceira do caixão, mirou a cabeça de Cueca e sumiu do ambiente, apressadamente”, aduziu um anônimo colega de Cueca.
Extra-Oficialmente, algumas versões de caráter amador viriam sendo dadas a esse crime que chocou, praticamente, não só os familiares, mas toda a maior parte da população local. Um delas é a de que, “Josival teria segurada uma grande parada que envolveria gente graúda”. Por sua conta e risco, ao final de uma suposta condenação resistira a prestar contas de valores muito grandes a terceiros.
– Vai daí, que ele pode ter pagado essa suposta dívida com à própria vida, de uma forma cruel e condenável, arriscou o comentário um importante ex-líder sindical do setor de transporte público.