PORTO VELHO – Em alusão ao mês de conscientização sobre a Hanseníase, o ‘Janeiro Roxo’, a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho (Semusa), através do Departamento de Vigilância em Saúde, realizou palestra sobre a doença, na última quinta-feira (31/1), aos pacientes que aguardavam atendimento no Centro de Especialidades Médicas (CEM).
O médico Thiago Barnabé, dermatologista do CEM, reforçou as orientações sobre a Hanseníase e falou da importância do diagnóstico precoce para reduzir as sequelas incapacitantes da doença.
“É importante que, ao identificar uma mancha indolor, em qualquer parte do corpo, a pessoa procure uma unidade básica de saúde para fazer os exames e, se for constatada a doença, iniciar o tratamento o mais rápido possível”, orientou o médico.
“O CEM é a unidade de referência para o tratamento de Hanseníase em casos mais graves da doença”, explicou a diretora da vigilância em saúde, Régia Pacheco.
“Porto Velho é uma área endêmica, em 2018 tivemos 102 casos da doença, sendo 2 em menores de quinze anos. A população deve estar alerta e procurar o tratamento o quanto antes, em uma de nossas unidades. Na primeira dose de medicação, a pessoa infectada já deixa de ser transmissora da doença”, salientou a diretora.
Durante todo o mês de janeiro, a coordenação de combate a Hanseníase intensificou, nas Unidades Básicas de Saúde, as orientações e busca ativa da doença, com a identificação de possíveis casos.
Também foi realizado ‘Pitstop’ no centro da capital, pela coordenação, para distribuir panfletos, como forma de conscientizar ao máximo a população, sobre a doença.
Também foi criado, no CEM, o primeiro grupo, do Município, de autocuidado da Hanseníase. “O grupo é formado por pacientes em tratamento e uma equipe de multiprofissionais de saúde, além da doença, essas pessoas sofrem preconceito, trabalhar essa questão é um dos objetivos do grupo”, informou a coordenadora Sheila Arruda.
Hanseníase – Transmissão e tratamento
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica, mas que tem cura. Atinge principalmente a pele e os nervos, podendo também afetar a face, os braços, as pernas, mãos e pés. Se não tratada pode causar deformidades e incapacidade física. O tratamento é feito nas Unidades Básicas de Saúde.
