Um trio de religiosos chamou atenção na internet ao misturar fé com ritmo e dança. Um vídeo em que uma freira faz beatbox e canta, enquanto outra religiosa e um diácono dançam hip-hop, rapidamente se espalhou pelas redes sociais, alcançando reconhecimento até fora do Brasil. No último domingo (25), o programa Fantástico acompanhou os três em uma praça de Goiânia, onde repetiram a apresentação e foram calorosamente recebidos por fãs.
Por trás da performance leve e contagiante, há um propósito profundo: a música e a dança fazem parte de um projeto desenvolvido por essas religiosas para se conectar com jovens em situação de vulnerabilidade, especialmente aqueles em tratamento contra dependência química.
Segundo a irmã Marizele Isabel Cassiano, esse estilo mais descontraído e acolhedor é fundamental para construir vínculos com os jovens. “Para esse público, nossa forma mais alegre e livre de se comunicar é essencial. O beatbox, a dança e o canto ajudam a abrir caminhos para o diálogo e o acolhimento”, afirmou.
Da vocação ao sucesso mundial
O vídeo que projetou o trio nas redes foi gravado durante uma edição do programa da TV Pai Eterno, em Goiás. Na gravação, Marizele entoa a música com um refrão contagiante — “vocação ooh” — enquanto impressiona com o beatbox. Ao lado, a irmã Marisa e o diácono Giovane Bastos executam passos de hip-hop em perfeita sintonia.
Marisa contou ao Fantástico que a dança sempre foi uma paixão. Ela chegou a praticar balé, mas é o ritmo country que mais a inspira. Já Giovane, natural do Maranhão, improvisou seus movimentos no momento da gravação, inspirado pela cultura do Bumba meu Boi, típica de sua terra natal.
O impacto da apresentação ultrapassou fronteiras: o vídeo repercutiu em veículos internacionais, como o perfil da NBC News no TikTok, onde já acumula mais de 1,4 milhão de visualizações.
Mais do que uma cena viral, o trio demonstra que fé, arte e empatia podem caminhar juntos — e que a evangelização também pode ser feita com batidas, sorrisos e passos de dança.
