No início da tarde de domingo, de 31 de julho de 1944, o escritor e aviador, Antoine de Sant- Exupéry, desapareceu, para sempre, no mar Mediterrânico. O avião, incendiado, caiu entre a baía dos Anjos e Saint-Raphael, ao meio-dia e cinco minutos.
O P 38, for abatido pelo piloto alemão Robert Heichele, perto da costa de Saint Raphael. – Estávamos em plena Grande Guerra.
Várias buscas se realizaram, mas o corpo nunca foi encontrado; apenas nas cercanias de Marselha, o pescador Jean Claud Bianco, encontrou, no mar perto da cidade, correnteinha gravada com o nome de Sant- Exupéry e de sua mulher, Consuela Suncin
Ao encetar a crónica não pretendia, nem pretendo, abordar a biografia do autor de: ” O Principezinho”, famosa obra que se encontra traduzida em 102 línguas e dialetos, considerada best-sellers da literatura mundial.
A passagem do livro que me despertou maior interessa, foi a da raposa, quando esta explicava o que significa – “cativar“:
É criar laços? – Pergunta-lhe o menino
–Isso mesmo, disse a raposa. Para mim não passas, por enquanto, de um rapazinho. Eu não preciso de ti. E tu não precisas de mim. Para ti não passo de uma raposa, igual a cem mil raposas. Mas se me cativares, precisamos um do outro. Serás para mim único no mundo. Serei única no mundo, para ti”.
Conheci dois colegas de trabalho, de sexo diferente, que eram camaradas. Por mero acaso, a menina descobriu que o rapaz podia ser um bom partido, e tentou cativá-lo.
De início, o jovem, que era tinido, não parecia perceber, mas aos poucos a moça começou, para ele, a ser única, e apaixonou-se.
A jovem, talvez, receando que o “namoro”, não terminasse no altar, como interesseiramente pretendia, afastou-se repentinamente, argumentando, que já namorava, e pretendia casar. Deixando o colega, que cativara, destroçado e humilhado, por descobrir que foi usado.
Namorar para encontrar companheira de jornada, não deve ser divertimento juvenil, porque pode advir dai, consequências desastrosas, como: depressões, psicoses nefastas, e até suicídio, se a vítima verificar que foi enganada e usada, como se fosse simples objeto
Quem cativa voluntariamente ou involuntariamente, fica responsável moralmente, pelo mal que vier a causar, se a vítima, por ingenuidade, acreditar, nas boas intenções do namorado.