Guajará-Mirim, RONDÔNIA – Isolados e quase em estado falimentar cidades do Centro e do Meio-Oeste rondonienses, por sua população e sem influência de grupos políticos, lançaram nesta quinta-feira (10), via este site de notícias, alerta ao poder público e político estadual e federal.
Para alertar os cidadãos e tentar sensibilizar o governador Marcos Rocha (PSL) para o que taxaram de ‘crise provocada por mandatários políticos’, pequenos e médios empresários afirmam que ‘nossas cidades passam há décadas dificuldades financeiras e quase se darão ao luxo de fechar as portas’.
No caso especifico desta cidade, à época do ex-prefeito Isaac Bennesby, chegou a ostentar o segundo lugar no ranking de maior arrecadação, atualmente, ‘vive entregue aos Deus dará, com a economia estagnada e sufocada por falta de investimentos do governo e da União’, afirma ex-vereador do setor de saúde pública.
– A Pérola do Guaporé o ostenta um passado de glória e se ressente da presença do Estado e da União Federal na saúde, educação, segurança, emprego e no social, ele diz.
Com potencialidade invejável em seu quadro natural e geográfico voltada ao turismo, economia sustentável em uma possível industrialização de cítricos (abacaxi e outros), gado leiteiro e de corte, além da madeira, minerais, látex, pescado e o comércio lojista, ‘a cidade definha e perde concorrência para os vizinhos bolivianos’, aponta anônima empresária de pousada.
Segundo informações internas obtidas por este site junto a ex-diretores da Associação Comercial e Industrial local, cuja entidade foi presidida pelo atual prefeito, Cícero Noronha, ‘o setor lojista é o mais afetado, sobretudo com a queda do Real em relação ao Dólar e a moeda boliviana’.
Com a crise intensa desde os anos 2016, Guajará-Mirim, tem amargado insucessos em todos os setores da economia e da vida de seus cidadãos. ‘A moeda de troca continua sendo a dos servidores públicos (municipais e estaduais) cujo contra cheque no final do mês é disputado por ávidos empresários, nos dois lados da fronteira.
Afora Guajará, outra cidade penalizada pela falta de investimentos governamentais e privados é Nova Mamoré, antiga Vila Nova, desmembrada da vizinha Pérola do Mamoré. Sem setores infra-estruturados, o antigo vilarejo atravessa sérios problemas na sua organização fiscal e isso afeta o processo de tomadas de dinheiro público e privado.
– Mamoré depende da posição do município-mãe (Guajará-Mirim) e Porto Velho, onde suas demandas são debatidas e decididas em, praticamente, 90% dos casos, denuncia um ex-policial que serviu aqui nos anos 2006.
A ex-Vila Nova, cujo comércio lojista se abastece na vizinha província Guayaramérin (Departamento Beni, Bolívia) importa tudo ou quase tudo, como Guajará-Mirim, ‘pede socorro do governador Marcos Rocha e do presidente Jair Bolsonaro’, apelam comerciantes locais.
Igual exemplo de desleixo ou má gestão, ambas as cidades supra estão à menos de 150 quilômetros da fronteira bi-nacional Brasil e Bolívia, o alerta da população ao governador e ao presidente da República, por conta da situação considerada caótica na saúde, educação, segurança e transporte escolar apontada pelos Conselhos Municipais, ‘é geral e vermelho’.
O comércio lojista, como também pequenas agroindústrias, proprietários rurais (misto de criadores e produtores) teimam concorrer para conter o avanço ou se igualar ao agronegócio bovino e da sojicultura. “Impossível”, afirmam políticos que apoiaram Expedito Júnior ao governo e os ex-deputados Ribamar Araújo e Luís Cláudio.
Ao longo da BR-364, em direção ao Cone Sul do Estado, Chumpinguaia, Cerejeiras, Colorado do Oeste, Corumbiara e Pimenteiras do Oeste, a situação não é diferente. No final de 2017, ao menos duas ou três dessas cidades ameaçaram fechar as portas. Esse número representa mais de dois terços das prefeituras locais, cujas dificuldades deixaram de ser olhadas com atenção, desde a gestão de Confúcio Moura.
Levantamento junto às Associações de Empresários, Industriais e de Produtores Rurais feito pela reportagem deste site de veiculação de noticias, atestavam que, “essas cidades do Oeste rondoniense se ressentem da manutenção de serviços essenciais e específicos à população por falta de dinheiro”, relatava servidor aposentado, em Pimenteiras do Oeste.
Como essas prefeituras do Oeste do Estado, a cidade de Porto Velho, nesta semana foi atacada (?) por uma onda de temporais fortíssimos que tirou a prova dos 9 fora da atual administração diante de estragos previstos com a fúria das chuvas transformando vias e bairros em verdadeiros piscinões – iguais aos de Ramos, na cidade do Rio de Janeiro.
Por horas ininterruptas, “Porto Velho ficou debaixo d’água” e se tornou, em certo ponto da situação de caos, a prefeitura manter serviços considerados essenciais, tais como o atendimento de emergência e urgência em UPAS, Hospital Infantil Cosme e Damião, Unidades Básicas de Saúde (UBS), o funcionamento de escolas e a coleta de lixo, sobretudo na Zona Leste.